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03 abril 2017

JAPÃO - Embaixador japonês voltará a Seul após polêmica por estátua de escrava sexual

O conflito das escravas sexuais, chamadas eufemisticamente de 'mulheres de conforto', causou nas últimas décadas frequentes atritos entre Coreia do Sul e Japão.


              O governo japonês anunciou nesta Segunda-feira (170403) que voltará a enviar para CORÉIA DO SUL seus diplomatas chamados para consultas em janeiro por causa de um novo desentendimento entre Tóquio e Seul pela questão das "escravas sexuais".

              A polêmica em torno de uma estátua colocada diante do consulado japonês na cidade sul-coreana de Busan (sudeste) foi o último episódio nas frequentes tensões diplomáticas entre os dois países vizinhos envolvendo as mulheres prostituídas pelas tropas imperiais japonesas.

              Japão decidiu enviar seu embaixador em Seul, Yasumasa Nagamine, e seu cônsul em Busan, Yasuhiro Morimoto, que retornaram ao país no início de janeiro em protesto pela estátua, apesar de "não ter havido progressos" no assunto, segundo o porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga.

              O ministro japonês de Relações Exteriores japonês, Fumio Kishida, afirmou que a convocação dos diplomatas "não deu resultado" para conseguir a retirada da estátua como Tóquio reivindicava, e pediu a Seul que "cumpra com o estipulado" sobre o tema das escravas sexuais, em declarações recolhidas pela agência local "Kyodo".

              A escultura simboliza as cerca de 200 mil mulheres, meninas e adolescentes - em sua maioria coreanas - que foram obrigadas a se prostituir pelas tropas imperiais japonesas desde os anos 1930 e, sobretudo, no final da Segunda Guerra Mundial.

              O conflito das escravas sexuais, chamadas eufemisticamente de "mulheres de conforto", causou nas últimas décadas frequentes atritos entre Coreia do Sul e JAPÃO, e se transformou no principal empecilho em suas relações bilaterais.

              Os governos de ambos países assinaram no final de 2015 um acordo para dar por liquidado o assunto, que contempla as desculpas oficiais do Japão e uma compensação econômica de 1 bilhões de ienes (cerca de 8.100.000,00 milhões de euros) para restaurar "a honra e a dignidade" das vítimas.

              A instalação da estátua corresponde agora ao protesto de certas organizações de apoio às vítimas, que se opuseram ao acordo ao considerá-lo insuficiente.


              Com Informações de: G1.

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JISOHDE FOTOGRAFIAS

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