Padrasto foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Menina foi enterrada viva segundo laudo; caso ocorreu no fim de 2016.
A Polícia Civil finalizou no fim do mês passado o inquérito sobre a morte da menina Ana Clara Pereira Gonçalves, de cinco anos, que foi asfixiada, sufocada e enterrada viva em novembro de 2016, em Carmo da Mata-MG.
O padrasto dela, Alex Júnior, de 27 anos, foi indiciado por homicídio qualificado com emprego de meio cruel e por ocultação de cadáver. O autor está preso no Presídio Doutor Nelson Pires em Oliveira à disposição da Justiça.
De acordo com o delegado Douglas Camarano de Castro, responsável pelas investigações, o caso já foi encaminhado ao Ministério Público - MP.
“Concluímos que o crime ocorreu por motivo torpe e indícios encontrados no carro do padrasto foram cruciais. Ele tentou envolver outras pessoas e apresentou versões diferentes nos momentos em que foi ouvido”
Contou o delegado.
A mãe da criança, Marciana Pereira, não foi incluída no processo. Não foram apontadas evidências que comprovassem participação no crime.
“Nós concluímos que a Marciana não teve participação e nem sabia que a menina estava morta. Desde o início das investigações, a mãe foi firme no seu depoimento e não houve elementos que confirmassem sua ligação com o caso”
Destacou.
O sumiço
Ana Clara desapareceu por volta das 15:00 horas do dia 12 de novembro. Ela estava em casa com a mãe, o irmão mais novo e o padrasto.
"Ela tinha me pedido para deixá-la ir brincar na casa de uma coleguinha e eu disse que não porque a mãe da colega eu não sabia se estava em casa ou se iria sair. Ela se sentou e ficou emburrada porque eu não a deixei sair. Foi o último momento em que eu a vi, pois fui lavar roupa"
Disse na época, a mãe Marciana Pereira Cruz.
Após a descoberta do sumiço da criança, Marciana e o companheiro foram levados à delegacia de Polícia Civil. O delegado percebeu algumas contradições no depoimento prestado pelo jovem. Por causa disso, ele foi preso temporariamente.
Câmeras de segurança instaladas na rua da casa da garota registraram o momento em que o carro do padrasto passou na rua no horário em que a mãe afirma que a filha teria desaparecido. A polícia então, seguiu com as investigações e dias depois encontrou o corpo da garota.
Corpo encontrado
A criança foi achada morta durante a tarde de Sexta-feira, (161118), em uma área rural. O padrasto dela, na ocasião era o principal suspeito do sumiço e da morte da enteada, declarou à Polícia Civil que o fato foi "acidental".
A região onde o corpo foi achado chegou a ser visitada pelos investigadores, quando uma multidão se reuniu em frente à delegacia de Carmo da Mata em busca de informações sobre as buscas pela menina, em locais que o padrasto havia apontado. Ele teve prisão preventiva decretada e foi detido em Campo Belo-MG, a 77 quilômetros de Carmo da Mata.
Peritos técnicos colheram informações no local. O exame de necropsia feito no Instituto Médico Legal - IML apontou que a menina foi asfixiada e enterrada viva.
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Com Informações de: G1.
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