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02 dezembro 2016

UBERLÂNDIA-MG - Mineiras estavam em avião que fez pouso de emergência antes do voo da LaMia

'Estávamos pousando e a aeronave teve de esperar no ar', diz Maysa.
Avião que levava a delegação e jornalistas caiu na Terça-feira (161129).


              Uma mineira de Uberlândia-MG estava na aeronave da companhia aérea Viva Colômbia, que desviou para o aeroporto José María Córdova, em Medellín, pouco antes de o avião que levava o time da Chapecoense desaparecer do radar na madrugada de Terça-feira (161129). 

              Segundo a assistente de compras, Maysa Brito, ao sair da aeronave ouviu de uma policial e uma colombiana que a causa do acidente com o time podia ter relação com um pouso de emergência feito anteriormente, justamente pelo avião em que ela era passageira.

"Na sala de espera do aeroporto tinham duas falando sobre uma tragédia com um voo brasileiro. Interrompi dizendo que era brasileira, perguntei o que aconteceu e me informaram que o problema em nosso avião poderia ter prejudicado o que sofreu o acidente, pois como a gente realizou uma parada emergencial, eles tentaram fazer a mesma coisa e não conseguiram. Eu não sei se o nosso voo foi prioridade para descer, ou se a gente chegou primeiro, sei que estávamos pousando e a aeronave teve de esperar um pouco no ar, logo depois aconteceu toda a tragédia"
              Relatou a assistente de compras Maysa Brito, em entrevista pela internet ao Jornal Hoje e ao G1 nesta Quarta-feira (161130).

              A mineira seguia de viagem de Bogotá para San Andrés com uma amiga advogada. Segundo ela, o voo que ela estava durou aproximadamente uma hora e, no meio, os tripulantes tiveram notícias do piloto informando que estavam com problemas técnicos.

"Ele alegou escapamento de gás e de gasolina e que a gente teria de realizar uma parada emergencial perto de Medellín. Logo em seguida também tentou acalmar a gente. A gente não tinha muita certeza do que estava acontecendo. Ele falava que tinha passado, mas que por precaução a gente teríamos de aterrissar mesmo"
              Lembrou.

              Ainda conforme a assistente de compras, todo chegaram a ficar cerca de 45 minutos, 1 hora com a aeronave no solo até que pudessem desembarcar. 

"A gente não tinha ideia do que estava acontecendo, só imaginava mesmo que era problema técnico porque eles estavam averiguando. Mas os ânimos estavam exaltados porque queríamos prosseguir viagem e estávamos achando que era descaso da companhia. Foi então que nos levaram para a sala de espera e ouvi toda a conversa sobre a tragédia com o Chapecoense"
              Relatou.

              A advogada Hanna Pfeffer estava com Maysa Brito. Segundo ela, houve confusão na hora de informar sobre qual aeronave havia sofrido o acidente. 

"As informações de pouso emergencial coincidiram tanto com a emergência do avião da Chapecoense que teve um estado de pânico e muita gente sem saber o que fazer. Ninguém tinha informação para dar pra gente. Mas pouco depois uma policial informou que o avião que vinha da Bolívia com o time da Chapecoense tinha acabado de cair próximo dali"
              Contou.

              Pfeffer também disse que a confusão entre os dois voos também pode ter ocorrido por causa do alerta de emergência. 

"A torre tinha dado prioridade para nosso avião pousar e eles não conseguiram. Acreditamos que o combustível do avião da Chapecoense acabou e eles perderam o controle com a torre e caíram"
              Opinou.

              A advogada também comentou que diante da possibilidade, ela e a amiga ficaram "sem chão". 

"Ficamos totalmente sem rumo, principalmente por acreditar que um dos motivos da queda do avião com o time e os jornalistas teria sido nosso pouso de emergência naquele mesmo aeroporto que eles tentavam descer"
              Lamentou. 

              Hanna comentou que ela, a amiga e outro brasileiro ficaram sem informações o dia todo. 

"Ficamos juntos, mandávamos mensagens para os amigos no Brasil e eles não sabiam de nada do que estava acontecendo.
Chegaram a achar que estávamos brincado"
              Concluiu.


Tragédia
              Um avião que levava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, caiu na madrugada desta Terça-feira (161129) a poucos quilômetros da cidade colombiana. 

              O Diretor Geral da Unidade Nacional para Gestão de Risco e Desastres colombiana, Carlos Iván Márquez Pérez, disse que as operações de busca e resgate foram encerradas com o seguinte balanço: 6 feridos e 71 mortos.

              Seis pessoas foram resgatadas com vida e estão no hospital: os jogadores Alan Ruschel, Neto e Follmann, o jornalista Rafael Henzel, o técnico da aeronave Erwin Tumiri e a comissária de bordo Ximena Suarez. O goleiro Danilo também tinha sido resgatado com vida, mas morreu no hospital.

              O avião da LaMia, matrícula CP2933, decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com destino a Medellín com a delegação do time, jornalistas e convidados. Segundo as autoridades colombianas, a lista do voo tinha 81 nomes: 72 passageiros e 9 tripulantes.

              No entanto, a relação inclui quatro pessoas que não embarcaram e estão vivas. Não há confirmação se outras pessoas embarcaram no lugar delas. Seis funcionários da Fox Sports, entre eles o ex-jogador e comentarista Mário Sérgio, estavam no avião.

              As duas caixas-pretas da aeronave foram encontradas. As autoridades britânicas anunciaram o envio à Colômbia de três investigadores para analisar a cena do acidente – o avião da companhia boliviana LaMia foi fabricado pela British Aerospace.

Emergência
              Um copiloto da companhia Avianca que estava em uma rota próxima ao voo da Chapecoense afirmou ter ouvido o diálogo entre o piloto da aeronave da LaMia e a torre de controle do aeroporto colombiano de Rionegro, perto de Medellín, segundo os jornais "El Espectador" e "El Tiempo".


              O copiloto da Avianca Juan Sebastián Upegui relatou que, enquanto uma aeronave da Viva Colômbia estava pousando, de repente chegou o piloto do voo da LaMia e disse: 

"solicitamos prioridade para aterrissar, temos problemas de combustível. Mas, nesse momento, ele não se declarou em emergência”.

              Na sequência, segundo Upequi, a controladora de voos do Aeroporto de Rionegro afirmou ao piloto da LaMia: 

"temos um problema, um avião está aterrissando em emergência".

              Ainda de acordo com o copiloto da Avianca, a controladora de Rionegro pediu à tripulação do voo da Avianca 9256 que virasse à esquerda, quando o piloto de LaMia passou por eles a toda.

"Quando ele [piloto da LaMia] iniciou a descida, declarou-se em emergência. Começou a dizer que tinha falha elétrica total e pediu vetores [rota mais rápida para aterrissar] para proceder [a descida]. Ajuda, vetores para alcançar a pista, repetiu"
              Disse o tripulante da Avianca.

              Segundo a Viva Colômbia, o voo FC 8170 apresentou "uma indicação na cabine" que levou o comandante a interromper o trajeto original. A empresa disse, em comunicado, que não chegou a declarar emergência.

              O avião pousou à 0:51 horas em Medellín. Quatro minutos depois, o avião da LaMia com a delegação da Chapecoense desapareceu dos radares do Flight Radar 24, um serviço de monitoramento de voos, quando estava a 33 km do aeroporto.

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              Com Informações de: G1.

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