Justiça determinou confinamento dos animais que vivem no entorno da lagoa. Prefeitura não informou quando capivaras devem ser confinadas.
Após o prefeito de Belo Horizonte-MG, Marcio Lacerda (PSB), dizer nesta Terça-feira (161122) que o Parque Ecológico da Pampulha seria o local em que as capivaras que vivem no entorno da lagoa ficariam confinadas, a assessoria de imprensa da prefeitura esclareceu que os animais serão levados para uma área perto do parque. Ainda segundo a assessoria do Executivo Municipal, a área se chama Enseada do Água Funda, e o espaço destinado aos animais tem aproximadamente 3 mil m².
A Justiça deu prazo de cinco dias para que a prefeitura cumpra a decisão que determina o confinamento dos animais. A prefeitura disse que a ordem judicial deve ser cumprida até esta Quinta-feira (161124), mas não informou quando as capivaras deverão ser confinadas. De acordo com o prefeito, a construção do local que vai receber as capivaras está sendo feita pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP.
Por meio de nota, a SUDECAP explicou que as obras serão feitas em parceria com a Regional Pampulha. Segundo a superintendência, a demarcação do local está sendo feita, e a limpeza e terraplenagem começam ainda nesta semana.
Em 7 de outubro, o Tribunal Regional Federal da Primeira Região - TRF1, em Brasília-DF, determinou o confinamento imediato dos animais da região. Como a medida não foi cumprida, o desembargador Souza Prudente, da 5ª Turma, deu prazo de 5 dias e estipulou multa no valor de R$5.000,00 por dia de atraso.
Em setembro, a doença matou o garoto Thales Martins Cruz, de 10 anos, em Belo Horizonte. Ele era lobinho e participava das atividades dos Escoteiros do Brasil, seção Minas Gerais, há sete anos. Uma delas aconteceu no dia 20 de agosto, no parque.
Impasse
Nos últimos dois anos, a situação dos animais é motivo de impasse entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e a prefeitura.
Em setembro de 2014, a prefeitura capturou as capivaras. Exames apontaram a contaminação de parte com a bactéria Rickettsia rickettsii, transmissora da febre maculosa. Segundo o Executivo municipal, as capivaras foram instaladas no Parque Ecológico da Pampulha, onde receberam vermifugação, atendimento veterinário, alimentação de boa qualidade e recintos e comedouros higienizados diariamente. Trinta e oito morreram por possível estresse crônico que sofreram em cativeiro.
Em março de 2015, o TRF1 havia decidido pela não liberação dos animais. A soltura imediata havia sido requisitada pelo Ibama.
Entretanto, no começo deste ano, uma decisão da Justiça Federal de Minas Gerais determinou que as capivaras fossem soltas. Na época da soltura, eram em número de 14 e não apresentavam carrapato portador da bactéria de febre maculosa.
Com Informações de: G1,
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