De pouco em pouco, a moda caminha para a inclusão.
Surgem marcas que oferecem collants e binders de vários tons de cor da pele, linhas de roupas que são desenvolvidas com o público LGBT e coleções feitas apenas em tamanhos grandes. Entre as minorias, estão também as pessoas com deficiência, que constantemente não são lembradas como consumidoras na moda.
“Nós somos corpos invisíveis para a moda”
Afirma Michele Simões, estilista e autora do blog Guia do Viajante Cadeirante e do evento Fashion Day Inclusivo.
Ela se tornou cadeirante após sofrer um acidente em 2006 - foi partir daí que se originou o projeto #MEU CORPO É REAL.
Através de um mini-documentário, a estilista deu voz a pessoas com diferentes tipos de deficiência para falar justamente sobre como a moda não enxerga esse público como consumidores - e fazer essa indústria perceber isso.
“A moda tem um padrão hegemônico.
Será que é só esse corpo que existe?
Então nosso corpo não existe"
Diz Michele.
A partir dos bastidores de um ensaio fotográfico, o vídeo mostra os problemas e desejos que pessoas com deficiência enfrentam ao lidar com moda.
"Todas as roupas eu tenho que ajustar.
Se tenho que ajustar, é porque a indústria não está preparada para me atender"
Aponta uma das entrevistadas.
Outra, por sua vez, lembra a importância da representatividade:
"eu gostaria de abrir uma revista e ver uma cadeirante,
ver uma pessoa amputada".
No entanto, vale observar que o #MEU CORPO É REAL busca ir ainda além: a ideia é falar sobre corpos reais como um todo.
No Instagram, por exemplo, o projeto compartilha fotos de outras minorias falando sobre a relação de seus corpos com a moda.
E no fim, sempre há uma reflexão em comum: afinal, para quais corpos a moda trabalha?
Assista ao mini-documentário do projeto:
Com Informações de: ESTILO.
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