Rouxinol-comum (Luscinia megarhynchos)
O Rouxinol, também conhecido como Rouxinol-comum, é um pequeno pássaro, que anteriormente era classificado como um membro da Família Turdidae, mas agora é pertencente à Família dos Muscicapideos que são restritos ao Velho Mundo. Esta espécie, juntamente com outras 3 espécies, compõe o Gênero Luscinia.
O rouxinol foi catalogado como "Pouco Preocupante" pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
O canto do rouxinol, tem sido descrito como um dos sons mais bonitos na natureza, inspirando canções, contos de fadas, ópera, livros e uma enorme quantidade de poesia.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
CLASSE: Aves
ORDEM: Passeriformes
FAMÍLIA: Muscicapidae
GÊNERO: Luscinia/Flaba
NOME POPULAR: Rouxinol-comum
NOME CIENTIFICO: Luscinia megarhynchos
VÍDEOS:
DESCRIÇÃO:
É uma espécie insectívora e migratória, procriando em florestas e moitas na Europa e no sudoeste da Ásia.
A sua distribuição estende-se mais a sul do que o seu parente próximo Luscinia luscinia.
O rouxinol é um pouco menor que o Pisco-de-peito-ruivo, com 15 a 16,5 cm de comprimento.
É castanho claro em cima, excepto a cauda ligeiramente avermelhada e branco sujo em baixo.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:
Inverna no sul de África.
Pelo menos na Renânia (Alemanha),
REPRODUÇÃO:
Nidifica no chão, dentro ou perto de densos arbustos.
HABITATS:
O habitat de reprodução dos rouxinóis está de acordo com certo número de parâmetros geográficos. menos de 400 m acima do nível do mar
A temperatura durante a época de crescimento acima de 14°C, mais de 20 dias/ano em que a temperatura excede 25°C. E precipitação anual menor que 750 mm. índice de aridez inferior a 0.35 longe de dosséis florestais.
DIMORFISMO SEXUAL:
Os sexos são similares.
VOCALIZAÇÃO:
O Rouxinol canta geralmente de noite, mas também às vezes durante o dia.
Escritores antigos afirmavam que era a fêmea que cantava, quando é de fato o macho a fazê-lo.
O canto é muito alto, com uma impressionante variedade de assobios, trinados e grogolejos e é particularmente audível à noite, porque sendo uma ave tímida, poucas aves estão cantando.
É por essa razão que o seu nome inclui a palavra "noite" em muitos idiomas.
Também por ser tímida, esta espécie esconde-se geralmente no meio de vegetação densa e raramente se deixa ver.
Apenas os machos sem par cantam regularmente de noite, e o canto noturno serve para atrair uma parceira.
O canto de madrugada, um pouco antes do nascer do sol, é assumido como sendo importante na defesa do território da ave.
Os rouxinóis cantam ainda mais alto em zonas urbanas, para superarem o ruído de fundo.
O traço mais característicos do canto é o seu alto e continuo crescendo ao contrário do seu parente próximo Luscinia luscinia, que tem um canto parecido com o som de alarme de um sapo.
O rouxinol é um símbolo importante para poetas de várias idades, acabando por assumir uma série de conotações simbólicas.
Homero evoca o Rouxinol na Odisseia, sugerindo o mito de Filomela e Progne (onde uma das duas, dependendo da versão do mito, se transforma num rouxinol.
Este mito é também foco na tragédia de Sófocles, Tereus, onde apenas alguns fragmentos se mantêm.
Ovídio, também, na sua Metamorfoses, inclui a versão mais popular deste mito, imitado e alterado por outros poetas, incluindo Chrétien de Troyes, Geoffrey Chaucer, John Gower, e George Gascoigne.
"The Waste Land" de T.S. Eliot, também evoca o canto do Rouxinol (e o mito de Filomela e Progne).
Por causa da violência associada ao mito, o canto do Rouxinol foi durante longo tempo associado a um lamento.
O Rouxinol também tem sido usado como um símbolo dos poetas ou da sua poesia.
Os poetas escolheram o Rouxinol como um símbolo por causa da sua música criativa e aparentemente espontânea.
Aves de Aristófanes e também Calímaco, ambos evocam o canto da ave como uma forma de poesia. Virgílio compara o luto de Orfeu com o "lamento do Rouxinol".
No soneto "Sonnet 102", Shakespeare compara a sua poesia de amor ao canto do Rouxinol (Filomela):
"Nosso amor era novo, e, em seguida, na Primavera, Quando eu estava acostumado a saudá-la com a minha disposição; Como Filomela canta no acaso do Verão, E pára de assobiar no crescimento de dias mais maduros:"
Durante a era do Romantismo o simbolismo da ave voltou de novo a mudar: os poetas viam a ave não apenas como um poeta no seu pleno direito, mas também como "mestre na arte superior que conseguia inspirar qualquer poeta humano".
Para alguns poetas românticos, o Rouxinol começou a ter mesmo as qualidades de uma musa. Coleridge e Wordsworth viam o Rouxinol como um exemplo singular de criação poética: o Rouxinol tornava-se a voz da natureza.
No seu poema "Ode ao Rouxinol", John Keats imagina o Rouxinol como o poeta ideal que alcançou a poesia que Keats ansiava por escrever. Invocando uma concepção semelhante do rouxinol, Percy Bysshe Shelley escreveu no seu "Uma Defesa da Poesia":
"Um poeta é um rouxinol que se senta na escuridão e canta com doces sons para alegrar a sua própria solidão; os seus ouvintes são como homens encantados com a melodia de um músico invisível, que sentem que estão a ser movidos e suavizados, mas não sabem de onde ou porquê".
FOTOS QUE IDENTIFICAM A ESPÉCIE:
ORNITOLOGIA - Jisohde - 160717.
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