Médico de Governador Valadares foi detido em junho e teve prisão revogada.
Vítimas apontam que auxiliar de enfermagem teria participado de crime.
O médico Ricardo Aranha de Magalhães, preso em junho por suspeita de estuprar cinco pacientes em Governador Valadares-MG, se tornou réu no processo, segundo a delegada Adeliana Xavier.
A delegada conversou com o G1 na tarde desta Terça-feira (160719), e falou sobre a conclusão das investigações.
Segundo ela, além do médico, uma auxiliar de enfermagem foi indiciada pela Polícia Civil; os dois, agora, são réus na Justiça.
Ainda segundo a delegada, foram encaminhados dois inquéritos ao Fórum.
O primeiro, do ano de 2014, é relativo ao estupro de três mulheres, sendo duas delas mãe e filha, além de uma terceira paciente, que na época também informou ter sido estuprada.
O segundo inquérito é relativo às denúncias apresentadas em 2016.
No dia 15 de junho, uma jovem de 25 anos procurou a Delegacia da Mulher afirmando ter sido estuprada durante um exame de endoscopia.
Após a abertura do inquérito, outras duas mulheres procuraram a delegacia para contar que também foram vítimas do médico.
Uma auxiliar de enfermagem também foi denunciada.
Contra ela, pesam os depoimentos das vítimas e do médico, que indicam que a mulher esteve sempre presente durante a realização dos exames.
Adeliana Xavier aponta ainda que duas das vítimas disseram também terem sido molestadas pela profissional.
O médico afirma que o tempo todo a auxiliar esteve na sala, e ela diz isso também.
Porém, partes dos depoimentos deles se contradizem.
Em relação à primeira vítima, que denunciou neste ano, o médico disse que a paciente caiu da maca, mas a auxiliar de enfermagem afirma que não houve queda.
"Mas ambos negam as acusações"
Conta a delegada.
Adeliana Xavier disse também que uma cópia dos inquéritos foi encaminhada ao Conselho Federal de Medicina para conhecimento do órgão, para a tomada de providências administrativas.
O G1 entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, para saber se algum inquérito interno já foi aberto contra o médico Ricardo Aranha de Magalhães, mas até a publicação desta matéria não houve resposta.
A partir de agora, o processo tramita na Justiça e, tanto o médico como a auxiliar de enfermagem, respondem em liberdade.
Entenda o caso
Ricardo Aranha foi preso no dia 17 de Junho logo após ter se apresentado à Polícia Civil, para prestar depoimento em um inquérito que investiga uma denúncia de estupro feita por uma paciente de 25 anos.
A jovem deu queixa na Delegacia de Mulheres, afirmando que realizou uma endoscopia com o médico na manhã do dia 15 de junho, e ao chegar em casa constatou ferimento na vagina, após passar os efeitos dos sedativos utilizados para o exame.
Adeliana Xavier afirmou que a rapidez com que o laudo do IML constatou o estupro foi decisiva para a obtenção de mandado de prisão contra o médico.
Segundo ela, Ricardo Aranha já respondia por outro inquérito de 2014, em que é acusado do mesmo crime por outras duas pacientes; mãe e a filha.
Durante os interrogatórios realizados naquele ano, a delegada identificou uma terceira vítima, mas devido à falta de provas não foi possível levar as investigações adiante.
O caso foi retomado após as novas provas contra o profissional.
Por ser réu primário e ter residência fixa, o médico teve a prisão revogada no dia 05 de julho, mas a defesa dele afirmou que Ricardo Aranha não pretende voltar a clinicar enquanto o processo tramitar na Justiça.
Com Informações de: G1.
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