Segundo a Polícia Civil, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa de uma adolescente de 15 anos. Delegado apura envolvimento de outras pessoas: 'Trabalho da Polícia Civil demonstra que o ambiente virtual não está livre de punição'.
A Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de uma adolescente de 15 anos, suspeita de praticar ato infracional análogo ao crime de difamação. A operação, denominada "Cyber-Infamy", foi realizada em São João Evangelista-MG nesta Quarta-feira (200805).
O delegado Luiz Jardim explica que o caso começou a ser investigado após algumas pessoas do município de 15.000 habitantes procurarem pela polícia relatando situações constrangedoras. Elas eram mencionadas de forma pejorativa em um perfil de rede social.
“A sociedade nos cobrava uma reposta e nós sabíamos da possibilidade de que as informações divulgadas pudessem ter consequências mais graves, como pessoas fazendo justiça com as próprias mãos ou inocentes sendo punidos.”
As investigações duraram três meses e a polícia chegou até a menor por meio de um trabalho de inteligência e pesquisa. Equipamentos eletrônicos foram apreendidos na casa da jovem.
“As técnicas de investigação qualificada nos permitiram descobrir quem era a pessoa por trás das postagens. Estamos vivendo em um novo cenário, no qual a tecnologia evolui muito rápido. O trabalho da Polícia Civil demonstra que o ambiente virtual não está livre de punição. Queremos estimular o uso da tecnologia de forma a contribuir com a evolução da sociedade em geral.”
Luiz jardim afirma que a família da adolescente ficou surpresa e constrangida ao saber que ela era a responsável pelo perfil. A jovem foi ouvida junto com um responsável e não apresentou um motivo específico para fazer as postagens.
Com a divulgação do caso, o delegado espera que condutas desse tipo sejam desestimuladas e que não haja retaliação em relação a menor.
“A família tem uma educação rígida e não tinha conhecimento da situação. É importante que as pessoas entendam que estamos falando de uma pessoa em formação, que tem discernimento para algumas coisas e não têm para outras. Ela vai ser responsabilizada na medida dos seus atos, segundo o que a lei determina.”
A Polícia Civil fará a perícia dos equipamentos apreendidos para verificar o envolvimento de outras pessoas que seriam as responsáveis por repassar as informações e solicitar a divulgação.
Luiz Jardim orienta que quem for vítima de situações parecidas com a identificada na operação "Cyber-Infamy" faça cópias do material divulgado e procure pela Polícia Civil.
Com Informações de: G1.
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