'Enchem o coração de esperança', diz mulher que comemora 1º Dia das Mães com quadrigêmeos; 'lutaram bravamente pela vida'.
Arthur, Helena, Laís e Luisa estarão juntos em casa pela primeira vez. Eles ficaram por mais de 25 dias internados em Montes Claros-MG. 'Quando olho para eles, penso em como os planos de Deus são tão mais perfeitos do que os nossos', diz mãe que engravidou após tomar indutor de ovulação.
Por quatro anos, o maior sonho de Luana era comemorar o Dia das Mães com um filho nos braços. O desejo dela está se realizando em 2.020 e foi multiplicado por quatro. Após mais de 25 dias internados, Arthur, Helena, Laís e Luisa estarão juntos em casa pela primeira vez.
“Passei tantas datas como essa me perguntando se no ano seguinte eu seria mãe. No último Dia das Mães, eu nem estava grávida e agora estou com todos os meus bebês em casa. Quando olho para eles, penso em como os planos de Deus são tão mais perfeitos do que os nossos”
Fala Luana Amaral.
Os quadrigêmeos nasceram em 2 de Abril, com 31 semanas, e ficaram por mais de 25 dias internados, muitos deles na Unidade de Terapia Intensiva. O mês em que eles vieram ao mundo é também o do aniversário de casamento de Luana e do marido Éder, comemorado no dia 21.
“Em tempos como esses, de tantas crises, na saúde, na política, na economia, eles chegaram enchendo o coração da gente de alegria. Em um cenário de preocupações, nossos olhos se voltam para eles, encontramos conforto e temos fé em dias melhores”
Diz a engenheira.
A gravidez de quadrigêmeos ocorreu após a engenheira tomar indutor de ovulação. Com a suspeita de estar grávida, Luana fez um teste de farmácia, que deu resultado positivo. Por conta das tentativas frustadas e diante de tantas expectativas, a mãe dela e o esposo pediram para que ela mantivesse a calma e fizesse o exame de sangue.
“Meu sonho era ter gêmeos, eu e meu marido temos gêmeos na família. No primeiro ultrassom o médico viu quatro sacos gestacionais, mas um não tinha embrião. Fiz mais ultrassons com profissionais diferentes que também disseram que eram trigêmeos. Na oitava semana fiz um novo exame e o médico disse que o quarto embrião estava se desenvolvendo”
Lembra emocionada.
Durante a gravidez, Luana pôde contar a compreensão e o apoio da empresa onde trabalha. Aos quatro meses, ela passou a trabalhar em casa, visando o bem-estar dela e dos bebês.
A gravidez ocorreu sem complicações.
No dia 2 de Abril, os quadrigêmeos nasceram na Santa Casa de Montes Claros. Nessa época havia casos suspeitos da Covid-19 na cidade, o que criou certa apreensão em Luana.
O primeiro teste positivo para a doença foi divulgado três dias depois.
“Enquanto eles estavam na minha barriga, não tinha preocupações, até porque eu estava isolada há alguns meses antes da pandemia explodir. Sabia que eles nasceriam e seriam cuidados em um excelente hospital, mas sempre há aquele medo de mãe, ainda mais de mãe de primeira viagem”
Fala.
Parto mobilizou 22 profissionais
O parto de Luana teve assistência de 22 profissionais, sob coordenação da responsável pelo Centro de Terapia Intensiva Neonatal, Adriana Amaral. A médica neo-intensivista trabalha no hospital desde 1997 e nunca havia atuado em um procedimento com quadrigêmeos. Ela, que é mãe de gêmeos, define a experiência como um “momento de grande emoção, mas também de grande tensão."
"Nosso primeiro grande desafio era que o parto pudesse ocorrer no momento certo, visando a segurança para Luana e para os bebês, e que o nascimento ocorresse de maneira programada.
Com isso, a gente diminuiria as chances de um parto de urgência.
Cada semana que ganhávamos de gestação significava maior maturidade para os bebês e, consequentemente, menor risco para eles e melhor prognóstico”
Fala a médica que define a maternidade como “uma graça muito grande”.
A engenheira teve o primeiro contato com a coordenadora do CTI neonatal ainda com 18 semanas de gestação. Desde então, o nascimento dos bebês começou a ser planejado pela equipe da Santa Casa.
A partir da 28ª semana de gestação, foi feito um planejamento caso ocorresse um parto de urgência. Foi montada uma escala com médicos, pediatras, profissionais da enfermagem e fisioterapia. Os materiais que poderiam ser necessários foram separados e devidamente acondicionados.
“Quando abri a porta e vi aquelas pessoas que estavam ali para me acolher e acolher meus filhos, senti uma emoção muito grande por saber que nós estávamos seguros"
Lembra Luana.
“Toda a programação da assistência estava definida, quais os colegas que ficariam com qual gemelar e quais seriam os passos seguintes ao nascimento, no sentido de conduzi-los a UTI e fazer admissão e assistência dessas crianças na UTI. Tudo aconteceu exatamente como previsto”
Diz Adriana Amaral.
"Eu diria para as mulheres que querem ser mães que não desistam desse sonho. Se eu não tivesse acreditado, não estaria vivendo esse momento maravilhoso."
'Pequenos guerreiros lutando bravamente'
“Quando a gente olha, eles parecem ser de uma fragilidade enorme, mas não dá para imaginarmos como são fortes, são pequenos guerreiros lutando bravamente pela vida”
Assim define Luana após a experiência de ter filhos prematuros.
Após 28 dias na UTI, berçário e maternidade, Arthur, Helena e Luisa receberam alta no dia 30 de Abril. Laís ficou por mais uma semana. O primeiro fim de semana dos quatro juntos com os pais vai ser o do Dia das Mães.
“Fui orientada de que eu não sairia com os bebês dos hospital e de que não teria contato imediato com eles, já que precisariam de cuidados imediatamente após o parto.
Receber essas orientações não quer dizer que eu eu estava preparada e percebi isso quando tive alta. Mas sabia que eles precisavam de permanecer e o que mais importava era a saúde deles.
Não adianta você saber que três estão bem e estão com você, você quer os quatro, queria todos saudáveis e comigo”
Diz a mãe dos quadrigêmeos.
Por conta das orientações relacionadas à pandemia do novo coronavírus, a família não está recebendo visitas. Luana, a mãe e o marido se revezam com as incontáveis mamadeiras, banhos e trocas de fraldas. Eles contam também com enfermeiros 24 hora, quatro profissionais se revezam. Essa foi uma ajuda oferecida pela multinacional onde a engenheira trabalha.
“Me sinto muito mais forte desde o momento em que engravidei. A vida muda completamente, os medos que eu tinha em relação a mim, agora são em relação a eles. Eu espero que vivam em um mundo com mais harmonia, que sejam pessoas solidárias e que consigam olhar para o sofrimento e para a dor do próximo”
Deseja Luana.
Com Informações de: G1.
Parabéns à todas mamães por serem nosso farol, porto seguro e nos ensinar as primeiras lições sobre o amor. Em especial as mamães leitoras deste blog.
ResponderExcluirPor oportuno, gostaria de lhe fazer o convite para visitar o meu novo trabalho em https://www.enfoqueextrajudicial.com.br Um projeto que estou recomeçando depois de um bom tempo fora da Blogosfera e que pra mim seria uma honra tê-lo como seguidor. Que seus dias sejam repletos de paz e sabedoria. Deus o abençoe