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12 outubro 2019

UBERLÂNDIA-MG - Vereador é considerado foragido da Justiça

O advogado do parlamentar disse que o cliente se entregaria na manhã desta Sexta-feira (11), mas ele não apareceu. Político é investigado pelo GAECO.


                  É considerado foragido da Justiça, o vereador de Uberlândia-MG Juliano Modesto (SD). Nesta Quinta-feira (191010), a Operação "Torre de Babel", comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - GAECO de Uberlândia, cumpriu mandados de busca e de prisão do parlamentar na casa e no gabinete dele.

                  De acordo com o Ministério Público, em 2017, o vereador contratou milicianos pra intimidar um motorista de uma van. O homem queria denunciar fraudes praticadas pela Cooperativa dos Transportadores de Passageiros e Cargas em Uberlândia - COOPASS, que prestava serviço de transporte escolar ao Município. Investigações apontaram que planilhas com a quilometragem rodada pelos motoristas cooperados foram alteradas e a cooperativa teria sido favorecida com valores superiores ao serviço prestado.

                  A situação foi denunciada na Operação “Kms de Vantagem”, no ano passado, que resultou na prisão do ex-prefeito Gilmar Machado e ex-secretários.

                  Para os promotores, o vereador do Solidariedade teria cometido o crime de obstrução de Justiça, já que teve a intenção de, ao intimidar o denunciante, atrapalhar as investigações do caso.

                  Nesta Quinta-feira, o advogado de Juliano Modesto disse que ele se entregaria à Justiça nesta Sexta-feira até as 10:00 horas, mas ele não apareceu. Por isso, é considerado foragido da Justiça.

                  Já nesta Sexta-feira, o advogado disse que no entendimento da defesa, o vereador não está foragido. Informou que ele estava em viagem no dia da Operação, está retornando para Uberlândia e vai se apresentar às autoridades para colaborar com as investigações.

                  Segundo o GAECO, o vereador, assim como os outros foragidos, têm três possibilidades pra se entregarem: na sede do Ministério Público; em alguma Delegacia; ou direto no Presídio Jacy de Assis. Como há mandados em aberto, todos podem ser presos a qualquer momento.
                  O partido do vereador se pronunciou sobre a situação.

Outro parlamentar

                  Na Operação "Torre de Babel", o Ministério Público também cumpriu mandados de busca no gabinete do vereador Alexandre Nogueira (PSD), nesta Quinta-feira. Ele era presidente da COOPASS na época dos problemas investigados. Segundo o GAECO, há registros de repasses de R$200.000,00 por mês a uma empresa que está no nome de dirigentes da cooperativa.

                  O vereador Alexandre Nogueira não apareceu, pelo segundo dia consecutivo, à sessão ordinária da Câmara. Pelo regimento da Casa, ele tem o prazo de 72 horas para justificar a ausência. 
                  Se não fizer, ele tem o ponto cortado.

"Torre de Babel"

                  A Operação "Torre de Babel", comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - GAECO de Uberlândia, cumpre nesta Quinta-feira (191010), mandados de prisão e busca e apreensão na cidade e, também, nos municípios de Uberaba-MG e Monte Carmelo-MG
                  São mais de 100 investigados.

                  Segundo o GAECO, foram cumpridos 94 mandados de prisão preventiva e temporária contra 69 investigados, dos quais 25 já se estavam recolhidos em unidades prisionais da região.

                  Os alvos da operação são três organizações criminosas distintas envolvidas em roubos de carga, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, receptação de veículos, irregularidades em contratos públicos e até homicídios.

                  Em Uberlândia, dois vereadores investigados foram alvo de mandado de prisão preventiva e busca e apreensão, conforme já divulgado pelo G1 nesta manhã.

                  Entre os investigados na operação desta Quinta-feira, estão dez policiais militares, quatro policiais civis e três advogados. 
                  Participaram dos trabalhos três promotores e cerca de 370 policiais.

                  A operação contou com o apoio dos GAECOS do Distrito Federal, Goiás, além da cidade de Patos de Minas-MG, Promotoria de Justiça do Controle Externo das Atividades Policiais de Belo Horizonte-MG, Procuradoria da República de Uberlândia e do Sistema Prisional de Minas Gerais.

                  Apesar de citar as cidades de Uberaba e Monte Carmelo, o GAECO não especificou onde e contra quem foram cumpridos os mandados de busca e apreensão e prisão nestes municípios. 
                  Ainda há mandados expedidos para Itumbiara-GO.

Primeira organização

                  Segundo o GAECO, a primeira organização criminosa investigada tem como foco o roubo de caminhões e cargas e as cidades de Uberlândia e Itumbiara-GO como base de atuação.

                  O chefe já foi preso na Operação "Irmãos Metralha", deflagrada em Junho de 2019. O consórcio criminoso chefiado por ele é suspeito de ter praticado dezenas de crimes de roubo de caminhões e cargas no Triângulo Mineiro e na Região Sul de Goiás, além de inúmeros delitos de homicídio, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.

Segunda organização

                  Conforme o GAECO, a segunda organização criminosa, com base em Uberlândia, tem como principal foco a receptação de cargas e carretas, além do desmanche destes veículos.

                  A organização é responsável pela receptação de veículos e cargas roubadas e desviadas por outros grupos criminosos e conta com a participação de agentes públicos. A ação referente a esta quadrilha é desdobramento da Operação "Dominó", deflagrada em Dezembro de 2018.

Terceira organização

                  Conforme as investigações, a terceira organização criminosa funciona como milícia e é chefiada por um policial militar. A atividade consiste na prática de diversos crimes por encomenda, incluindo homicídios, extorsões, ameaças, obstrução de justiça, roubos com utilização de informações privilegiadas.

                  O grupo também praticou o crime de obstrução de Justiça, em Junho de 2017, mediante intimidações contra um motorista de van que estava tomando providências legais para apuração de crimes praticados pelos dirigentes de cooperativas responsáveis por explorar o serviço de transporte escolar em Uberlândia
                  As infrações penais envolvem dois vereadores da cidade.

Nota do Solidariedade

"A Comissão Provisória do Partido Solidariedade de Uberlândia-MG, vem por meio desta, esclarecer sobre a Operação Torre de Babel, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - GAECO e que veio a público na data de hoje, 10 de Outubro de 2019.

O partido tomou conhecimento da mencionada operação, por meio dos canais de comunicação, assim como toda população uberlandense. Dessa forma, reitera que é favorável à investigação para que toda situação seja esclarecida. Além disso, não coaduna com atos ilícitos praticados por qualquer dos seus filiados.

A comissão continua seus trabalhos sempre prezando pela ética, transparência e compromisso com os anseios da população".

                  Com Informações de: G1.

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