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19 julho 2019

MINAS GERAIS - Operação coordenada pelo Ministério Público recupera material furtado do Arquivo Público Mineiro

Documentos do Arquivo Público Mineiro que teriam sido furtados estavam sendo vendidos na internet.


                Centenas de documentos do Arquivo Público Mineiro - APM, entre eles decretos e editais do período imperial, que teriam sido furtados e estavam sendo vendidos pela internet, foram recuperados na manhã desta Quinta-feira, (190718), durante a Operação Páginas Históricas

                Os trabalhos estão sendo coordenados pelo Ministério Público de Minas Gerais - MPMG, que conta com o apoio dos Ministérios Públicos do Distrito Federal e Territórios - MPDFT, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul

                Os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado - GAECO, dos respectivos estados, e as Polícias Civil e Polícia Militar também participam da operação.

                Foram cumpridos um mandado de prisão temporária e nove de busca e apreensão em Belo Horizonte-MG, Brasília-DF, Rio de Janeiro, Quatis-RJ, Pelotas-RS e Campo Bom-RS
                O alvo principal da investigação foi preso no Rio Grande do Sul-RS.

                O número exato de documentos furtados do Arquivo Público Mineiro e os valores dos documentos vendidos pela internet não foram informados, pois as investigações ainda estão em andamento. O material apreendido durante a operação será periciado. 
                Comprovada a autenticidade dos documentos eles serão devolvidos ao APM.

                Segundo a promotora de Justiça Giselle Ribeiro de Oliveira, que está à frente da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico - CPPC

“as investigações tiveram início em 2016. 
O MPMG apurou que os documentos furtados estavam sendo vendidos, pela internet, para pessoas de vários estados. 
Nas residências de alguns desses compradores foram cumpridos mandados de busca e apreensão nesta manhã. 
O principal alvo foi localizado no Rio Grande do Sul. 
Ele foi preso temporariamente e será ouvido”
                Explica a promotora de Justiça.

                Ainda de acordo com Giselle Ribeiro

“a subtração de documentos é definida como furto (artigo 155 do Código Penal) e a aquisição de bens, produto de furto, é classificada como receptação (artigo 180 do Código Penal). 

Embora sejam crimes comuns, os envolvidos podem ter suas penas agravadas em razão do grande valor cultural que esses bens possuem. 
A vítima não é apenas o APM, que perdeu parte do seu acervo, mas toda a sociedade que se viu privada de registros históricos”
                Ressalta a coordenadora da CPPC.

                A promotora de Justiça esclarece que “caso promovam a devolução voluntária dos documentos, as pessoas que os adquiriram podem não ser processadas”.

APM


                O Arquivo Público Mineiro é uma superintendência da Secretaria de Estado de Cultura responsável por planejar e coordenar a gestão de documentos, executar o recolhimento, a organização e a preservação de documentos provenientes do Poder Executivo de Minas Gerais e dos arquivos privados de interesse público e social.

                O Arquivo é a mais antiga Instituição cultural de Minas Gerais
                Criado em Ouro Preto-MG, pela lei nº 126 de 11 de Julho de 1895.

                O acervo do APM é constituído de documentos manuscritos, impressos, mapas, plantas, fotografias, gravuras, filmes, livros, folhetos e periódicos. 

                São documentos de origem pública referentes à Administração Pública de Minas Gerais produzidos desde o século XVIII, período colonial brasileiro até o século XXI e de documentos de origem privada de interesse público e social.

Fonte: MPMG.

                Com Informações de: Paracatu News.

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