O vereador Ragos Oliveira, de 46 anos, foi preso pela Polícia Militar por meio de um mandado expedido pela justiça.
O vereador Ragos Oliveira (PTRB) ex-presidente da Câmara Municipal de Paracatu-MG, foi preso na manhã desta quinta-feira (190328) pela Polícia Militar.
Os militares cumpriram um mandado de prisão contra o vereador logo pela manhã, por volta das 7:00 horas, quando o parlamentar se deslocava para a Câmara Municipal da cidade.
O parlamentar conduzia seu veículo GM Meriva, pela Rua Geraldo Serrano Neves, Bairro Alto Córrego quando foi abordado pelos Militares.
O vereador chegou a ser preso no mandato passado de vereador, pelo Gaeco durante investigações do Ministério Público, que apurava indícios de desvio de verbas públicas. Na época, o vereador teve a prisão decretada, por suspeita de tentar atrapalhar as investigações.
Por meio de nota enviado à imprensa o Ministério Público esclarece o que levou a prisão do Vereador.
O Ministério Público, por meio do seu Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, núcleo de Paracatu, em apoio à 3ª Promotoria de Justiça de Paracatu e também com apoio da Coordenadoria Regional do Patrimônio Público do Noroeste, deflagrou a 2ª fase da denominada Operação Deuteronômio, que resultou na prisão do vereador e ex-presidente da Câmara de Vereadores, Ragos Oliveira Dos Santos.
De acordo com o MP, as investigações iniciaram com o objetivo de apurar organização criminosa que atuava na Câmara de Vereadores de Paracatu para fraudar licitação de publicidade e comunicação da Câmara em que os valores utilizados, na verdade, retornam como promoção pessoal de Ragos, quando então presidente da casa legislativa, e a participação de assessores parlamentares e empresários.
Segundo o MP na primeira fase, deflagrada em outubro de 2018, foram cumpridos diversos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, na Câmara Municipal de Paracatu e no escritório da empresa Neocom, em Belo Horizonte-MG, oportunidade em que foram apreendidos diversos documentos e aparelhos celulares, contendo informações importantes para a investigação.
Após 8 meses de investigação foi oferecida denúncia nos autos do Procedimento de Investigação Criminal contra o vereador e os proprietários da Neocom, além de duas assessoras do parlamentar e sua filha, por terem incorrido nos delitos de organização criminosa, corrupção passiva e ativa, fraude à licitação e tráfico de influência, crimes que podem chegar a uma pena máxima de 33 anos de prisão quando somados.
Ainda de acordo com o MP, o requerimento de prisão preventiva contra Ragos, teve como base a garantia da ordem pública (risco de reincidência criminosa e gravidade dos crimes) e conveniência da instrução criminal (para evitar a intimidação e coação de testemunhas ou destruição de provas), o que foi deferido pelo Meritíssimo Juiz José Rubens Borges Matos, titular da Vara Criminal de Paracatu.
Ragos foi encaminhado para o Presídio Local, onde aguardará a instrução do processo.
Também foram concedidas outras medidas cautelares diversas da prisão.
Com Informações de: ParacatuNews.
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