Antônio Carlos Lellis explicou a diferença entre as atribuições de um optometrista e de um oftalmologista.
Uma polêmica envolvendo um suposto atendimento oftalmológico em uma clínica do optometrista Antônio Carlos Lellis Vale, em Paracatu-MG, se iniciou na Sexta-feira (190222), quando a Polícia Militar cumpriu um mandato de busca e apreensão no local.
De imediato, várias notícias circularam acerca desta informação e a especulação inicial era de que um optometrista estaria fazendo atendimentos oftalmológico. Após o fato, Antônio Carlos Lellis Vale pediu um espaço no site JP Agora para prestar seus esclarecimentos.
Em entrevista, ele afirmou que nunca se passou por médico e sempre afirmou que só aceita ser tratado como optometrista.
“O trabalho que eu fazia era para ajudar a reabilitação visual”
Disse.
Perguntado sobre os atendimentos, Antônio Carlos disse que em média foram cerca de 3.000 atendimentos a pessoas carentes.
“Primeiro, nós viemos por intermédio de um vereador. Eu sempre fiz esse trabalho de ajuda, sem cobrar nada, dentro de Pompeu. Lá eu tenho cinco clínicas e todas têm médicos que trabalham para mim. Eu fui convidado para vir aqui em Paracatu e vim. Não com intenção política, pois eu não gosto de política”
Disse.
Ainda segundo o optometrista, os atendimentos feitos em Paracatu não eram cobrados e, posteriormente, com o objetivo de montar uma clínica em Paracatu de Oftalmologia em parceria com a Optometria, passou a cobrar uma taxa simbólica de R$40,00 para o exame de refração.
“O atendimento era realizado normalmente. Nós fizemos atendimentos no sindicato e em associações. A correção visual, que me dá direito embora muitos não sabem o que é a reabilitação visual e a optometria, o mundo inteiro sabe, porém o Brasil não quer enxergar isso, ela me dá direito a passar a refração. Agora essas pessoas com a receita nas mãos tem o direito de entrar em qualquer ótica e fazer a compra de óculos”
Disse.
Perguntado se já havia indicado algum medicamento ou cirurgia para os atendidos, Antônio Carlos negou e esclareceu que a parte dele como optometrista é apenas a parte externa da visão.
“Eu faço a reabilitação visual, eu tento melhorar sua visão, para que você tenha um conforto melhor. Eu não posso passar colírio ou indicar nada a ninguém. O que eu posso fazer é que se a pessoa tiver sintomas de cataratas colocar ao oftalmologista que aquela pessoa está com tendência à catarata, então cabe a ele a patologia clínica, a mim nunca”
Explicou.
Finalizando, Antônio Carlos Lellis Vale disse que não é médico e destaca que em suas clínicas sempre existe um profissional da área de Oftalmologia.
“Eu não tenho relação de venda casada.
Sobre o mandado, havia contra o Gilsomar e o próprio vereador me chamou e falou sobre. Eu fiz questão de ir ao promotor e falou comigo que não conhecia bem minha profissão e que eu deveria procurar um advogado para emitir um Mandado de Segurança, para que eu possa realizar o meu trabalho.
Até então ele só sabia que quem poderia prescrever a receita era apenas o oftalmologista, obviamente eu chamei um oftalmologista amigo meu porque tinha muitas pessoas para receber o atendimento no final de semana.
Chamei ele, tanto que os policiais tiveram lá levaram os equipamentos para a delegacia e eu estou aqui hoje, agora, pedindo ao Juiz que pudesse liberar os equipamentos que estão em meu nome, mas quem opera os aparelhos é um médico oftalmologista, Dr. Alexandre Andrade Santa Cecília, na clínica minha que está há 25 anos em Pompeu registrada no Conselho Federal de Medicina”
Afirmou.
Com Informações de: JP Agora.
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