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04 dezembro 2018

DISTRITO FEDERAL - Próximo secretário de Saúde promete avaliar novo modelo do Hospital de Base

Apesar de ter demonstrado intenção, durante a campanha, em acabar com o instituto, o governador eleito do DF, Ibaneis Rocha (MDB), pode reconsiderar a questão.

                  O modelo de gestão do Hospital de Base será avaliado pelo novo governo. Apesar de ter demonstrado intenção, durante a campanha, em acabar com o instituto responsável pela manutenção da unidade atualmente, o governador eleito do DF, Ibaneis Rocha (MDB), pode reconsiderar a questão. 

                  O futuro secretário de Saúde, Osnei Okumoto, quer avaliar o método utilizado no hospital antes de decidir, com Ibaneis, se haverá ou não mudanças na administração.

                  Uma das grandes polêmicas da corrida eleitoral deste ano, o Instituto Hospital de Base foi criado pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) com a proposta de acelerar contratações, aquisições de medicamento e melhorar o atendimento. A gestão, por meio de Serviço Social Autônomo, foi questionada por adversários, como o governador eleito, que reclamavam de falta de transparência e de terceirização da área.

                  Para o futuro secretário, é preciso uma análise de todos os dados do Hospital de Base antes de se decidir se há necessidade de mudança. Ele ponderou que, durante a campanha, nem sempre é possível ter acesso às informações de maneira ampla e correta. 

“A transição é o momento adequado para a avaliação. Vamos analisar os dados e analisar a gestão. É importante, antes da decisão, darmos o nosso parecer para o governo”
                  Explicou ontem, na primeira entrevista após o anúncio de que assumiria a pasta (leia Quatro perguntas para).

                  A transparência, garante o futuro secretário, será um dos pilares da gestão da saúde no governo Ibaneis. A área é historicamente vítima de inúmeros escândalos de corrupção e desvios de verbas que poderiam ser destinadas a pacientes. 

                  Na última Quinta-feira, os ex-secretários de Saúde do Distrito Federal Rafael Barbosa e Elias Miziara foram presos preventivamente na Operação Conexão Brasília, deflagrada pelo Ministério Público do DF e Territórios - MPDFT. A ação apura a aquisição, em 2013, de órteses e próteses de má qualidade, em quantidades superiores às necessidades da rede pública.
 
“Vamos fazer o que é correto”
                  Comentou Osnei.


Prioridade

                  O acesso da população aos serviços de saúde será a prioridade imediata do novo governo. Ibaneis destacou inúmeras vezes o desejo de zerar as filas de espera na rede pública. 

“Precisamos pensar o acesso aos atendimentos, aos medicamentos e, depois, também para as cirurgias”
                  Adiantou Osnei

                  Para isso, o futuro secretário estudará a necessidade de remanejamento de profissionais e a instalação de um sistema de monitoramento nos hospitais. 

“O monitoramento nos daria a realidade do que está acontecendo, quer seja falta de medicamento, quer seja sobre o gerenciamento de internações. A gente, assim, consegue verificar os pacientes e os médicos, além de ter controle sobre os insumos.”
                  Cada hospital teria uma sala com até 10 monitores.

                  A estrutura da secretaria começou a ser definida pelo próximo chefe da pasta. Além de Osnei, haverá dois secretários adjuntos, um voltado para a atenção à saúde e outro para a gestão. 
                  Os escolhidos foram, respectivamente, Sérgio Luiz Costa, assessor no Ministério da Saúde, e Francisco Araújo, ex-coordenador-geral de Programas e Projetos Especiais do Ministério da Integração Nacional.

                  Segundo Sérgio, um dos grandes desafios será conseguir atender todos os níveis de atenção, básica e de média e alta complexidade. 

“As necessidades de cada um dos cidadãos do DF são distintas, e nós precisamos conseguir atender a todas com qualificação”
                  Explicou.

Quatro perguntas para Osnei Okumoto, futuro secretário de Saúde

                  A gestão do Hospital de Base será mudada? 
                  Qual é a opinião do senhor sobre a administração por organização social?

                  Eu vi tipos de administrações por organização social que funcionam muito bem e outros que não funcionam tão a contento quanto a gente gostaria. Dessa forma, nós temos de avaliar o Hospital de Base e emitir um parecer depois da avaliação de todos os técnicos. Só depois dessa análise, vamos apresentar os dados ao governador e tomar essa decisão.

                  Qual é a prioridade do governo Ibaneis para a saúde?

                  O acesso da população à saúde é a prioridade. Nós temos de fazer a oferta de serviços de atendimento dentro das nossas unidades de saúde, proporcionar meios de fazer diagnóstico, tratamento e de dar continuidade até que o paciente seja completamente atendido. Nós estamos avaliando a situação de cada uma das unidades e poderemos até fazer remanejamento de profissionais, se for preciso.

                  A saúde do DF foi vítima de escândalos de corrupção ao longo de vários governos. O que a sua gestão fará em relação a isso?

                  A minha primeira conversa com o governador Ibaneis foi sobre a seriedade que a administração dele precisará ter e a necessidade de transparência. Todos os movimentos, todas as ações e processos que forem desenvolvidos dentro da secretaria serão abertos. 
                  Ele não admite corrupção, e nós vamos criar processos para que todos possam ter acesso e nos questionar se acharem necessário.
                  O fato de o senhor não ser de Brasília gerou críticas. 

                  Como o senhor avalia isso? 
                  O senhor conhece a situação do DF?

                  Eu, por estar dentro do Ministério da Saúde, tenho acesso a todas as informações. As nossas equipes trabalham constantemente dentro da Secretaria de Vigilância, e tenho todo o levantamento do que ocorre no DF nesta área. Então, muitas vezes, temos, por isso, mais conhecimento do que as próprias pessoas daqui.

                  Com Informações de: CorreioBrasiliense.

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