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03 setembro 2018

BRASIL - Entidades de caminhoneiros se posicionam contra nova paralisação

CNTA e ABCAM afirmam que não apoiam nova greve e dizem que imagem que circula nas redes sociais é de entidade que não representa caminhoneiros. 
Casa Civil diz dialogar com categoria.


                 Representantes das principais entidades do setor disseram neste Domingo (180902) que negociam com o governo após a alta do preço do diesel anunciada pela Petrobras, e se posicionaram contra uma nova greve dos caminhoneiros.

                 O aumento de 13% foi anunciado na última Sexta (180831). No Sábado (180901), a Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT informou que atualizará a tabela que define os preços dos fretes justamente em razão da variação no preço do combustível.

                 De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos - CNTA, Diumar Bueno, não há chance de paralisação entre os associados da entidade.

                 A Associação Brasileira dos Caminheiros - ABCAM também afirma que não apoia uma eventual nova paralisação e acrescenta que não há indicativo de nova greve por parte dos caminhoneiros. Juntas, as associações reúnem 1.500.000 de caminhoneiros.

                 Segundo a Casa Civil, o governo federal está cumprindo o que foi combinado com os caminhoneiros em Maio e continua dialogando com a categoria. Em nota, a pasta informou ainda que as ameaças de paralisação não são dos líderes que comandaram a greve há pouco mais de três meses.

O que dizem as entidades

                 A CNTA e a ABCAM reiteram desconhecer uma entidade cujo nome aparece em imagens que circulam nas redes sociais. Nessa imagem, a União dos Caminhoneiros do Brasil - UDC anuncia paralisação em até 10 dias, contados a partir de 30 de Agosto.

                 Segundo Diumar Bueno, da CNTA, não há chance de paralisação entre os associados. Ele afirma ainda que nenhuma entidade sindical que coordenou e participou do movimento anterior está se organizando para uma paralisação.

"Nós não podemos a qualquer situação tentar promover movimento nacional de paralisação de caminhoneiros. Isso vai desvalorizar, desmerecer, perder a credibilidade para a categoria que teve o reconhecimento nacional da sua importância"
                 Afirmou.

                 Diumar disse ainda que não conhece a UDC
"Entidade que não é oficialmente reconhecida sindicalmente há milhões. Não tem validade, não tem poder legal nem de responder nem de representar a categoria. E, se fica nessa condição de a gente dar ouvido, surge muito, como movimento para fazer palanque"
                 Completou.

                 A ABCAM, por sua vez, informou neste Domingo (180902) ter pedido uma reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, para discutir o preço do óleo diesel.
                 Segundo a associação, o pedido foi feito na Sexta-feira (180831).

                 Em nota, a ABCAM disse também que, independentemente do aumento do preço internacional, o governo deve cumprir a medida provisória nº 838/2018 e manter a subvenção de R$0,46 do valor do diesel até o final do ano.

"A Abcam se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o governo federal. A associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação"
                 Afirmou a entidade.

Redes sociais

                 Tem circulado nas redes sociais uma imagem segundo a qual supostamente a União dos Caminhoneiros do Brasil - UDC - Brasil estaria programando uma paralisação para os próximos dias. O texto não é assinado.
                 Tampouco há telefone para contato ou site no documento.

                 Também viralizou na internet uma suposta nota assinada pela Polícia Rodoviária Federal - PRF na qual diz serem pequenas as chances de haver paralisação.

                 Ao G1, a assessoria de imprensa da PRF nega que tenha emitido um posicionamento oficial e afirma que investiga se o documento é um fragmento de alguma análise interna.

                 Com Informações de: G1.

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