Em um mês, o combustível acumula alta de preço de 11,29%. Ou seja, 20 centavos por litro.
Um dia após Pedro Parente entregar o cargo de presidente da Petrobras, a estatal brasileira aumentou em 2,25% o preço da gasolina em suas refinarias.
De Sexta-feira (180601) para este Sábado (180602), o litro do combustível ficou 4 centavos mais caro e passou de R$1,9671 para R$2,0113.
Em um mês, o combustível acumula alta de preço de 11,29%, ou seja, 20 centavos por litro, já que, em 1º de Maio, o combustível era negociado nas refinarias a R$1,8072.
O preço do diesel, que recuou 30 centavos desde o dia 23 de Maio, no ápice da greve dos caminhoneiros, será mantido em R$2,0316 por 60 dias.
Desgaste
Após o pedido de demissão, Parente divulgou uma carta endereçada ao presidente Michel Temer. Ele fez um balanço sobre os dois anos de sua gestão à frente da companhia.
Segundo afirmou, entregou tudo o que foi prometido, “graças ao trabalho abnegado de um time de executivos, gerentes e o apoio de uma grande parte da força de trabalho da empresa”.
Para o ex-chefe da estatal, após a crise gerada pela greve dos caminhoneiros, novas discussões são necessárias e, por isso, sua “permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente”.
Parente sofreu grande desgaste desde a eclosão da greve dos caminhoneiros, sendo alvo de críticas dos manifestantes, de políticos da oposição e da base de apoio do governo.
Segundo alegou na carta, a paralisação dos condutores de caminhão foi o principal motivo de sua decisão.
Brasilienses ainda sofrem
A crise provocada pela greve dos caminhoneiros ainda não acabou totalmente. No DF, a comercialização do gás de cozinha - GLP e de combustíveis não está normalizada, assim como a distribuição de alguns alimentos.
Mesmo com a previsão de chegada, neste Sábado (180602), de 28.000 botijões; 8.000 a mais do que a média de consumo diário, o setor deve voltar à normalidade apenas daqui a três dias, segundo estima o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás LP do Distrito Federal - Sindvargas, Sérgio Costa.
Para isso, porém, o sindicalista alerta: é preciso que as pessoas comprem só o necessário.
Na Sexta-feira (180601), as revendedoras receberam 18.000 botijões, os quais foram vendidos rapidamente.
Sérgio Costa disse que a escassez ocorre porque “pessoas que não precisam de fato do produto estão estocando”.
Outro problema foi constatado pelo Metrópoles nesta Sexta-feira. Aproveitando-se do desespero da população, atravessadores compram gás e o oferecem por até três vezes mais do que o valor cobrado nas revendedoras.
Na Feira do Guará-DF, por exemplo, um deles vendia o botijão de 13 kg por R$180,00.
O custo nas empresas fica entre R$60,00 e R$85,00.
Combustíveis
Quem ainda não encheu o tanque também pode enfrentar filas, especialmente nas regiões periféricas e no Entorno do DF. Apesar de 70% dos postos já terem recebido combustíveis nesta Sexta-feira (180601), segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Distrito Federal - Sinpospetro-DF, Carlos Alves dos Santos, a previsão é de que o abastecimento seja normalizado apenas na Quarta-feira (180606) ou na Quinta-feira (180607).
“Ainda está muito lento o processo”
Observou Carlos dos Santos.
O Distrito Federal tem 322 estabelecimentos que comercializam combustíveis. Desses, 30% são de “bandeira branca”.
Muitos ainda estão com bombas vazias.
Com Informações de: Metrópoles.
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