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16 março 2017

MINAS GERAIS - Servidores estaduais da educação deflagram greve em cidades,

Em todo o estado, 995 escolas foram totalmente paralisadas nesta quinta. Profissionais reivindicam reajustes salariais e contestam a 
PEC 287.


             Servidores das escolas estaduais do Norte, Noroeste e região Central de Minas aderiram a uma greve proposta pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais - Sind-UTE

             Na manhã desta Quinta-feira (170316), milhares de alunos tiveram as aulas suspensas na região e as escolas tiveram a programação de atividades interrompida. A expectativa do sindicato é de que mais instituições sejam paralisadas a partir desta Sexta-feira (170317). 

             O protesto tem como pauta principal a Reforma da Previdência (PEC 287), além de reivindicações na esfera estadual.

             A Superintendência Regional de Ensino, instalada em Montes Claros-MG, informou, por nota, que, das 130 escolas da regional, 55 foram totalmente paralisadas e 75 tiveram parte das atividades interrompidas. Das 3.655 unidades de ensino da rede estadual em todo o estado, segundo a secretaria de Educação, 2.041 informaram a situação sobre a paralisação. São 995 escolas totalmente paralisadas e 1.046 escolas parcialmente paralisadas nesta Quinta-feira.
Ações e paralisações
             O G1 entrou em contato com diretores de algumas instituições de ensino em Montes Claros-MG, que confirmaram a greve. As Escolas Estaduais Antônio Canela, Francisco Sá-MG, Professora Marilda de Oliveira e de Ensino Fundamental e Médio - CESENSA já não tiveram aulas na manhã desta Quinta-feira.

             O maior colégio estadual da cidade, a Escola Professor Plínio Ribeiro, realizou na manhã desta Quinta-feira reuniões com os alunos e comunicou a paralisação a partir desta Sexta-feira. Na Escola Estadual Dona Quita Pereira, as aulas aconteceram nesta Quinta-feira, mas serão paralisadas também na Sexta-feira. A programação do ano letivo foi suspensa por tempo indeterminado, de acordo com a direção das escolas.

             Segundo outras superintendências regionais, na região de Unaí-MG houve adesão nas 13 escolas estaduais, mas a quantidade de funcionários em greve não foi divulgada. 

             Em Pirapora-MG, pelo menos nove mil alunos estão sem aula. 

             Em Curvelo-MG, professores de algumas escolas também aderiram à greve, mas não foi informado o número de profissionais e quantas instituições foram paralisadas.
Reivindicações do sindicato

             Ainda na Quarta-feira (170315), o Sind-UTE informou sobre a greve durante manifestações contra a Reforma da Previdência, em Montes Claros

             De acordo com o coordenador, Geraldo Costa, a paralisação é uma resposta à proposta de Reforma da Previdência (PEC 287) e uma cobrança ao Governo de Minas Gerais.

“Somos contra a PEC 287. 
Todos os servidores da educação 
vão passar a se aposentar depois dos 70 anos. 
É um absurdo. 

A greve começou ontem e vai seguir 
por tempo indeterminado. 
Algumas escolas estão se reunindo hoje, 
outras já comunicaram os alunos em reuniões, então o movimento vai aumentar. 

É preciso que as pessoas entendam 
que a reforma não prejudica só a educação, mas todos os trabalhadores”
             Afirma.

             De acordo com o Sind-UTE, os acordos feitos pelo Governo de Minas Gerais com a categoria não foram cumpridos, como o descongelamento da carreira dos profissionais, reajuste do piso salarial e realização de novos concursos.
O que diz a secretaria
             Em nota, a secretaria de Estado de Educação disse que considera de fundamental importância a valorização de todas as categorias da educação e alegou que desde o início da gestão do governador Fernando Pimentel já foram nomeados 41.051 servidores, sendo que nesta Quarta-feira (170615) foi publicada uma nova lista com 1.500 professores. 

"Também foram publicados 28.015 atos de aposentadoria dos servidores da educação, outro item do acordo”.

             Em relação ao piso salarial, a secretaria argumenta que 

“foi acordado um reajuste de 31,78%, 
a ser pago até 2018 em três parcelas sob a forma de abono e posteriormente incorporadas ao vencimento básico. 

Com isso, o vencimento atual pago 
para professor com jornada de 24 horas semanais é R$1.620,62, 
acrescido dos dois abonos 
que já estão sendo pagos, 
totalizando R$ 1.982,54. 

Em agosto deste ano, 
haverá um novo abono, 
que será incorporado aos vencimentos 
em julho de 2018. 
Com essas incorporações, 
os professores receberão 
como vencimento R$ 2.135,64".

             Ainda segundo a secretaria de Educação, o acordo com a categoria é que em julho de 2018 todos os professores, com carga horária de 24 horas semanais, tenham o valor como vencimento correspondente ao piso nacional.













              Com Informações de: G1. Fotos: Ilton Vieira.

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