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08 janeiro 2017

DISTRITO FEDERAL - Menino baleado por Policial Civil do DF passa por cirurgia no tórax

Mãe da criança diz que bala continua alojada no coração. Policial preso havia sido demitido, mas voltou ao trabalho no último dia do governo de Agnelo Queiroz.


              Menino de 6 anos que foi baleado na Sexta-feira (17016) por um Policial Civil do Distrito Federal após uma briga de trânsito em Águas Lindas de Goiás passou por uma cirurgia neste Sábado. 

              Segundo a mãe, a bala ficou alojada no coração. A criança está internada num hospital particular que não divulgou detalhes sobre seu estado de saúde.

              O crime aconteceu em um trecho da BR-070, na saída de Águas Lindas para Pirenópolis. O garoto foi levado em estado grave para o Hospital de Base. O policial autor do disparo, Silvio Moreira, fugiu após perceber que havia atingido o garoto. Em entrevista à TV Globo, o pai do menino, Erlon Caxias, disse que não entendeu a reação do policial.

              Erlon contou que estava dirigindo o carro acompanhado da esposa. O filho estava na cadeirinha de segurança no banco de trás. De acordo com o pai, o policial Silvio ficou irritado porque havia sido ultrapassado na pista. Alterado, Silvio seguiu Erlon e começou a disparar no carro da família.

“Eu vi que meu filho já estava sangrando. Na hora que eu parei [o carro], ele [o policial Silvio] olhou e eu estava com mão cheia de sangue. Eu falei para ele ‘você atirou no meu filho, você atirou no meu filho’.”

              Depois que a criança foi socorrida, o pai saiu com policiais para procurar Silvio. Ele foi localizado em uma área rural de Águas Lindas. Dentro do veículo que dirigia, foi encontrado seu distintivo profissional e um isopor com cerveja.


Policial preso

              Silvio Moreira Rosa, de 54 anos, foi preso e levado à Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (CIOPS) de Águas Lindas. Ele trabalha no Centro de Progressão Penitenciária e é agente penitenciário.

              Silvio já havia sido demitido da corporação em 2001 por tentar fraudar a própria aposentadoria ao simular um acidente. Mas conseguiu voltar ao trabalho 13 anos depois após uma decisão judicial.

              No último dia de governo de Agnelo Queiroz, o policial foi reintegrado no cargo de agente penitenciário, com restabelecidos. Antes disso, em outubro de 2014 o policial foi nomeado para o GDF para o cargo de assessor do núcleo de acompanhamento dos projetos de deputados.

              Em nota, o advogado do ex-governador afirmou que as decisões de Agnelo foram tomadas “com base em pareceres e instruções processuais”. “Após analisar a situação, Agnelo deve ter chegado à conclusão que não havia motivo para demitir o policial”, diz o comunicado.

              Além da tentativa de fraudar a própria aposentadoria, Silvio também se envolveu em outras ocorrências, como abuso sexual, injúria, perturbação de sossego e violência doméstica.


              Com Informações de: G1.

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