Francisco quer que católicos e evangélicos deixem doutrina de lado e trabalhem juntos
Na manhã desta Quinta-feira (161013), o papa Francisco recebeu no Vaticano, cerca de mil luteranos que participam de uma visita a Roma.
“Estou feliz em recebê-los em sua peregrinação ecumênica, iniciada na região de Lutero, na Alemanha, e terminada aqui junto à sede do Bispo de Roma”
Afirmou o pontífice.
Em seu discurso, sublinhou a necessidade de
“agradecer a Deus porque hoje, luteranos e católicos estão caminhando juntos pela mesma estrada, saindo do conflito para a comunhão. Ao longo do caminho provamos sentimentos contrastantes: a dor pela divisão que ainda existe entre nós, mas também a alegria pela fraternidade reencontrada”.
Francisco afirmou aos presentes que no final de outubro fará uma visita apostólica a Lund, na Suécia. Juntamente com a Federação Luterana Mundial, dará início à comemoração dos 500 anos da Reforma Protestante.
Também agradecerá os 50 anos de diálogo oficial entre luteranos e católicos.
A proposta do líder máximo dos católicos é que eles se unam aos evangélicos. O testemunho que o mundo espera de nós, afirmou,
“é que tornemos visível a misericórdia que Deus tem para conosco através do serviço aos pobres, aos doentes, aos que abandonaram a sua terra natal em busca de um futuro melhor para si e para os seus. Vamos servir juntos os mais necessitados, assim experimentamos o que é estar unidos, pois é a misericórdia de Deus que nos une”
Sublinhou na parte final do seu discurso.
Além de dizer que rezaria pelos jovens, pediu orações por sua pessoa. Também deixou uma mensagem controversa.
“Enquanto os teólogos levam avante o diálogo no âmbito doutrinal, continuem a procurar com insistência, ocasiões para se encontrar, se conhecer melhor, rezarem juntos e ajudarem uns aos outros e a todos aqueles que estão em situação de necessidade. Assim… Deus nos conduzirá à plena comunhão”.
Antes de terminar o encontro, Francisco respondeu a perguntas dos jovens luteranos. Ele classificou as tentativas de evangelização de
“o maior veneno contra o caminho ecumênico”.
Além de pedir que os europeus recebam os refugiados muçulmanos, ele fez um questionamento aos presentes:
“Quem são os melhores: os evangélicos ou os católicos?”
A resposta oferecida por ele mesmo foi “O melhor é todos juntos”.
Com Informações de: GP
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