Criatura aparece no filme 'BugiGangue no Espaço', que estreia em 2017.
Diretor da animação, Ale McHaddo, revela alguns detalhes da produção.
Em 1996, os moradores de Varginha-MG supostamente receberam a visita atípica de um extraterrestre. Vinte anos depois, o ET “resolveu voltar” ao nosso planeta direto para as telas do cinema.
A criatura é um dos personagens da nova animação da 44Toons, produtora do cineasta paulistano Ale McHaddo. O filme “BugiGangue no Espaço” estreia somente no ano que vem, mas o diretor conversou com o G1 e deu alguns detalhes sobre a participação do ET de Varginha no longa-metragem.
A história começa quando o vilão alienígena Gana Gobler leva o poder da Confederação dos aliens bonzinhos do filme. Ao fugir do cerco, a nave em que eles estavam cai na Terra, perto de onde sete amigos esperavam algo divertido pra fazer. Juntos, eles embarcam na missão de restaurar a paz universal.
Pra não estragar a surpresa do filme, o diretor revela apenas alguns detalhes da participação do ET de Varginha. No enredo, ele “interpreta” um caçador de tesouros, que viaja de planeta em planeta seguindo um guia que o leva a tesouros ancestrais.
“Aliás, foi atrás de um desses tesouros que ele esteve na Terra [em 1996]”
Brinca McHaddo.
“Ele é encontrado em um planeta afastado e um dos garotos da BugiGangue, especialista em casos de aparecimento de extraterrestres, descobre que aquele é o próprio visitante que esteve em Varginha em 1996.”
Nas telas do cinema, McHaddo manteve as principais características descritas pelas três meninas que supostamente viram o ET de Varginha, apenas adequando alguns detalhes para ele se encaixar no personagem.
“Tivemos que mudar algumas características visuais para aumentar a empatia e a capacidade de gerar expressões”
Explica.
“Os olhos totalmente vermelhos atrapalhavam a percepção de algumas expressões faciais, foi preciso deixar apenas as pupilas vermelhas.
No filme, o ET de Varginha é um explorador interplanetário, por isso colocamos roupas e acessórios que combinassem com esse papel. O chapéu e as botas ajudaram a reforçar a ideia de que ele é um 'cara' do interior.”
Primeiramente, um fã
Segundo o diretor, o aniversário de 20 anos do caso do ET de Varginha e a produção do filme em 2016 foi mera coincidência.
A ideia de incluir a criatura no filme já existia desde o início.
“Não dá para contar uma história brasileira sobre contatos extraterrestres sem incluir o ET de Varginha”
Enfatiza McHaddo.
“Sabíamos que lançaríamos o filme perto dos 20 anos do aparecimento do ET, mas isso não foi o que nos motivou a colocá-lo na aventura.
O caso é dos mais importantes para a comunidade ufológica, a história do aparecimento combina mistério e humor e, pra mim, ele se tornou mais do que um personagem folclórico, é um personagem do imaginário brasileiro, como o Zé do Caixão, por exemplo.”
O diretor revela que ele acompanha a história desde quando o caso ocupou as manchetes do país.
Ele ficou sabendo à época após assistir uma reportagem na televisão, e inclusive, chegou a ter uma caixa com recortes de jornais de matérias do caso.
“Anos mais tarde, estive na cidade para o festival de cinema de Varginha e tive a chance de visitar os locais onde tudo teria acontecido. Fiquei mais empolgado ao conversar com algumas pessoas que moravam na cidade na época”
Conta.
E já que é assim, perguntamos se o cineasta acredita na suposta aparição do ET.
“É lógico que eu acredito na história, não acho que as meninas teriam inventado aquilo e, além das meninas, há um monte de outras pessoas ligadas ao caso direta ou indiretamente. A história toda é muito intrigante”
Responde convicto.
Para McHaddo, a indústria cultural deveria investir mais no caso de Varginha, pela relevância que ele tem a nível mundial.
“A história do ET de Varginha é muito rica e acho que é subaproveitada nos nossos filmes e séries.
A ideia de incluí-lo no filme foi um modo de homenagear e marcar o caso, e trazê-lo para o universo das crianças de hoje.
É como se estivéssemos imaginando uma parte da história do ET de Varginha que nunca foi contada.”
Com Informações de: G1.
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