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07 agosto 2016

ORNITOLOGIA - Cambacica (Coereba flaveola)

Cambacica (Coereba flaveola)


              A Cambacica é um pássaro da Família dos Coerebidae, sendo a única espécie do Gênero Coereba
              Desde 1970 é a ave oficial das Ilhas Virgens Americanas e está presente em seu brasão.

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
CLASSE: Aves,
ORDEM: Passeriformes,
FAMÍLIA: Coerebidae,
GÊNERO: Coereba,
NOME POPULAR: Cambacica e outros.
NOME CIENTÍFICO: Coereba flaveola

OUTROS NOMES:
Bananaquit (inglês),
Caga-sebo,
Cambacica,
Cazadorcita,
Mariquita,
Mielera,
Picaflor,
Pinchaflor,
Reinita,
Santa-marta,
Sebinho,
Sebito,

DESCRIÇÃO:
              A cambacica pesa em média 9,5 gramas, mede de 10,5 a 11,5 centímetros, tem o bico fino, escuro e levemente curvo, pernas e cauda curtas, e sua coloração em geral segue o seguinte esquema: a garganta cinzenta, o peito e abdome amarelo-limão, o dorso vai do amarronzado ao cinza-chumbo escuro, e na cabeça, preta, destaca-se uma larga risca branca superciliar. 

              Pelo seu aspecto muitos a comparam a um bem-te-vi em miniatura. As várias subespécies podem ter coloração ligeiramente variada, mas há algumas inteiramente negras, enquanto outras podem ter menos cores ou cores menos definidas. 

DIMORFISMO SEXUAL:
              Não existe dimorfismo sexual significativo, salvo alguma variação nos tons das cores: a cabeça das fêmeas pode ser mais escura, o papo mais claro e o ventre de um amarelo mais oliváceo. 
              Os exemplares jovens têm cores mais opacas que os adultos.

              A cambacica foi denominada e descrita pela primeira vez como Certhia flaveola por Lineu em 1758, em sua obra Systema Naturae

              Em 1809 Louis Vieillot a reclassificou como a única espécie do Gênero Coereba, permanecendo assim até 2005, mas atualmente não há mais consenso em sua classificação, embora o Integrated Taxonomic Information System - ITIS ainda tenha a antiga como válida.

              Alguns autores hoje consideram o Gênero Coereba um taxon obsoleto e o colocam provisoriamente nas Famílias FringillidaeEmberizidae ou Thraupidae, e para a American Ornithologists' Union a espécie não tem uma localização taxonômica definida.

              Ainda não é claro se as muitas subespécies insulares devem ser ou não elevadas a espécies, mas estudos filogenéticos revelaram a existência de três clades distintos:
 
o grupo da Jamaica, Hispaníola e Ilhas Cayman, 
o grupo das Bahamas e Quintana Roo, 
e o grupo das Américas do Sul e Central, México (exceto Quintana Roo), Antilhas Menores e Porto Rico.

              Vários taxa ainda não têm amostras, mas em sua maioria são facilmente colocáveis em alguns dos clades acima citados, a partir de critérios puramente zoogeográficos. 
              Exceções são as subespécies oblita (Ilha de San Andrés) e tricolor (Ilha Providência), cuja situação é incerta.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:
              Segundo a IUCN a Cambacica é nativa dos seguintes países e territórios: 
Anguilla; 
Antigua e Barbuda; 
Argentina; 
Aruba; 
Bahamas; 
Barbados; 
Belize; 
Bolívia; 
Brasil; 
Ilhas Cayman; 
Colômbia; 
Costa Rica; 
Cuba; 
Dominica; 
República Dominicana; 
Equador; 
Guiana Francesa; 
Granada; 
Guadalupe; 
Guatemala; 
Guiana; 
Haiti; 
Honduras; 
Jamaica; 
Martinica; 
México; 
Montserrat; 
Antilhas Holandesas; 
Nicarágua; 
Panamá; 
Paraguai; 
Peru; 
Porto Rico; 
Saint Kitts and Nevis; 
Santa Lúcia; 
São Vicente e 
Granadinas; 
Suriname; 
Trinidad e Tobago; 
Ilhas Turks e Caicos; 
Estados Unidos; 
Venezuela; 
Ilhas Virgens Britânicas e Ilhas Virgens Americanas. 

              É entretanto mais comum na área que vai do sul do México até o norte da Argentina, em zonas de baixa altitude, e raramente ocorre em montanhas. 

              A densidade populacional nas áreas de ocorrência varia muito; na Florida e Cuba é vista apenas ocasionalmente, assim como na Amazônia e no Pantanal brasileiros, mas em Porto Rico é a ave mais comum. 

HABITATS:
              Seus habitats também são muito diversificados, sendo encontrada desde nas florestas tropicais e algumas áreas desérticas até nas zonas urbanas e áreas de grande degradação ambiental. 
              Graças à sua grande população e adaptabilidade, a Cambacica não é considerada uma espécie ameaçada.

              A Cambacica é conhecida por ser um pássaro ágil e irrequieto, tendendo a apresentar hábitos solitários e nômades. Não parece ser territorial, nem os machos disputam fêmeas com outros machos. 

              Em zonas habitadas pelo homem desenvolve muita familiaridade para com este, permitindo aproximação a pouca distância, chegando inclusive a penetrar em residências em busca de alimento. 

REPRODUÇÃO:
              Machos e fêmeas que não estão envolvidos na procriação constroem ninhos individuais para pernoite, de forma aproximadamente esférica e com uma entrada baixa e larga, usando grama, folhas, penas, teias de aranha, fibras vegetais, incluindo às vezes materiais fabricados pelo homem, como papéis, plástico e cordões, numa organização frouxa. 

              Sua confecção leva de duas a quatro horas.

              Antecede a reprodução uma corte realizada pelo macho, que canta em torno de seu próprio ninho e o da fêmea com que pretende acasalar. 

              Quando a fêmea aceita a corte, desenvolve-se um ritual que inclui inclinações do corpo, meneios com a cabeça, raspagem e voo em várias direções. 

              Depois do acasalamento inicia a construção do ninho de procriação, mais complexo do que o ninho individual e cujo material é providenciado pelo macho. 

              Sua construção se estende por seis a oito dias; é mais alto e mais bem acabado, tem paredes mais espessas e uma entrada bem menor, voltada para baixo, protegida por um longo alpendre que se aproxima da entrada e a veda completamente. 

              Entretanto, há bastante variação nas estruturas. 
              Uma pesquisa de Wunderle e Pollock indicou que a Cambacica prefere construir seu ninho em proximidade de ninhos de vespas, que lhe proporcionam uma proteção adicional. 

              Enquanto a fêmea está ocupada, o macho mantém uma atitude protetora e permanece próximo. 
              Depois que os ovos são postos o macho perde seu interesse, passando a viver em seu próprio ninho e cortejando outras fêmeas.

              Embora as formas de reprodução possam variar ligeiramente entre as subespécies, tipicamente a Cambacica constrói um ninho em que põe de um a três ovos de cor branco-creme, às vezes de tom rosado e com pintas marrons. 


              Em geral ocorrem várias nidificações em um ano, transcorrendo um período de cinco meses dedicado à alimentação dos filhotes. 

              Em algumas regiões a nidificação está sincronizada com as primeiras chuvas da estação úmida.
              A chocagem dos ovos e alimentação e proteção da prole são realizados quase exclusivamente pela fêmea.

HÁBITOS ALIMENTARES:              
              A Cambacica é frequentemente comparada ao beija-flor pelo seu hábito de se alimentar do néctar das flores, sua principal fonte de nutrição. 
              Para chegar ao alimento a Cambacica desenvolveu grande habilidade acrobática, sendo vista muitas vezes pendurada de cabeça para baixo. 

              Apesar de se alimentar nas flores, a Cambacica não é um grande polinizador, pois em geral consegue o néctar perfurando a base ou a lateral da flor com seu bico agudo, permitindo que a língua atinja os nectários sem tocar nos estames e pistilos. 
              Mas age como agente fecundante em alguns casos, a exemplo de espécies de bromélias, combretáceas e a solanácea Goetzea elegans. 

              A simples pilhagem de néctar feita pela cambacica, sem polinizar a flor, não parece representar um prejuízo para a propagação das espécies vegetais assaltadas, permitindo a efetiva fecundação por outros agentes.

              Além do néctar ela também ingere frutas e pequenos artrópodes como aranhas e formigas. No Caribe ela pode chegar a causar significativo prejuízo nas culturas de frutas.

              Na hora da alimentação a cambacica pode se reunir em grupos e conviver com outras aves, mas as disputas de precedência não são raras.

FOTOS QUE IDENTIFICAM A ESPÉCIE:



























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JISOHDE FOTOGRAFIAS

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