Superímãs são usados na produção de tecnologias de ponta.
Fabricação pode gerar empregos, atrair escolas de pesquisas e empresas.
O município de Araxá-MG, no Alto Paranaíba, está próximo de ser pioneiro na produção de superímãs.
Os estudos para obtenção do material são realizados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT, e financiados pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais - CODEMIG.
Entre os que trabalham no desenvolvimento da tecnologia estão cientistas e professores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT, da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras - CERTI, da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI, e da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.
De acordo com o responsável pelo Laboratório de Processos Metalúrgicos do IPT, João Batista Ferreira Neto, o superímã não é produzido no Brasil.
"Existe conhecimento de obtenção do superímã em universidades, mas não em cadeia industrial, então esse superímã que é usado principalmente em turbinas eólicas precisa ser importado"
Disse.
Ainda de acordo com o pesquisador, a produção do material é feita a partir do óxido de didímio, um dos metais conhecidos como terras raras.
"Na cadeia de produção dos superímãs temos o minério concentrado, os óxidos, o metal e o ímã propriamente dito.
A CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) já tem uma fase de concentração desse material desenvolvida e de separação também, então coube ao IPT a obtenção do metal a partir desse óxido.
A próxima fase seria a obtenção da liga que dá origem ao ímã. Já estamos em entendimento com a empresa e outros parceiros para desenvolver a cadeia completa"
Explicou.
Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Parcerias, Geraldo Lima Júnior, as terras raras são encontradas no rejeito da produção de nióbio da Companhia CBMM.
"Araxá tem uma das maiores reservas desses elementos em todo o país. As terras raras são compostas por 17 elementos e um deles foi separado por meio de estudos, sendo a matéria prima para fabricar o superímã”
Explicou.
O G1 procurou a CBMM para comentar o assunto, mas não obteve retorno para mais informações por parte da empresa.
Produção
De acordo com o secretário, a fabricação dos superímãs pode ser viabilizada com previsão de três anos e pode gerar empregos para a cidade, além de atrair escolas de pesquisas e empresas do setor.
“Os superímãs possuem o triplo do poder de atração comparado ao ímã convencional e atualmente é desenvolvido apenas na China.
O material é usado principalmente na fabricação de geradores de turbinas eólicas, além disso, pode ser usado para fabricação de veículos elétricos e híbridos, drives de disco rígido, amplificadores de áudios, motores industriais, ressonância magnética por imagem e celulares, entre outras tecnologias”
Concluiu Júnior.
Com Informações de: G1.
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