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21 agosto 2016

ARAXÁ-MG - Terras raras são estudadas para produção de superímãs

Superímãs são usados na produção de tecnologias de ponta.
Fabricação pode gerar empregos, atrair escolas de pesquisas e empresas.


              O município de Araxá-MG, no Alto Paranaíba, está próximo de ser pioneiro na produção de superímãs. 

              Os estudos para obtenção do material são realizados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT, e financiados pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais - CODEMIG.

              Entre os que trabalham no desenvolvimento da tecnologia estão cientistas e professores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT, da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras - CERTI, da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI, e da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.

              De acordo com o responsável pelo Laboratório de Processos Metalúrgicos do IPT, João Batista Ferreira Neto, o superímã não é produzido no Brasil. 

"Existe conhecimento de obtenção do superímã em universidades, mas não em cadeia industrial, então esse superímã que é usado principalmente em turbinas eólicas precisa ser importado"
              Disse.

              Ainda de acordo com o pesquisador, a produção do material é feita a partir do óxido de didímio, um dos metais conhecidos como terras raras. 

"Na cadeia de produção dos superímãs temos o minério concentrado, os óxidos, o metal e o ímã propriamente dito. 

A CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) já tem uma fase de concentração desse material desenvolvida e de separação também, então coube ao IPT a obtenção do metal a partir desse óxido. 

A próxima fase seria a obtenção da liga que dá origem ao ímã. Já estamos em entendimento com a empresa e outros parceiros para desenvolver a cadeia completa"
              Explicou.

              Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Parcerias, Geraldo Lima Júnior, as terras raras são encontradas no rejeito da produção de nióbio da Companhia CBMM

"Araxá tem uma das maiores reservas desses elementos em todo o país. As terras raras são compostas por 17 elementos e um deles foi separado por meio de estudos, sendo a matéria prima para fabricar o superímã”
              Explicou.

              O G1 procurou a CBMM para comentar o assunto, mas não obteve retorno para mais informações por parte da empresa.

Produção
              De acordo com o secretário, a fabricação dos superímãs pode ser viabilizada com previsão de três anos e pode gerar empregos para a cidade, além de atrair escolas de pesquisas e empresas do setor. 

“Os superímãs possuem o triplo do poder de atração comparado ao ímã convencional e atualmente é desenvolvido apenas na China.

O material é usado principalmente na fabricação de geradores de turbinas eólicas, além disso, pode ser usado para fabricação de veículos elétricos e híbridos, drives de disco rígido, amplificadores de áudios, motores industriais, ressonância magnética por imagem e celulares, entre outras tecnologias”
              Concluiu Júnior.

              Com Informações de: G1.

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