Mulher contou à PM que ele queria 'explodir aeroporto JK' nesta segunda.
Polícia vasculha residência de homem paquistanês; nada foi encontrado.
Um homem paquistanês de 32 anos foi detido na tarde deste Domingo (160710) suspeito de guardar explosivos em casa e de planejar ato terrorista, em São Sebastião-DF, no Distrito Federal.
Segundo a Polícia Militar, a mulher do estrangeiro informou a corporação que ele tinha a intenção de "explodir o aeroporto Juscelino Kubitschek" nesta Segunda-feira (160711).
Até as 17:00 horas deste Domingo, o esquadrão antibombas da Polícia Militar fazia buscas na residência em que o suspeito mora, mas não encontrou bombas até a publicação desta reportagem.
Segundo a Polícia Militar, às 10:00 horas deste Domingo, a esposa do estrangeiro foi ao 21º batalhão da PM, em São Sebastião-DF, para denunciá-lo.
Quando chegou ao 21º batalhão de Polícia Militar, a mulher acusou o marido de ameaça, enquadrado na Lei Maria da Penha.
Ao chegar à 6ª DP, no Paranoá-DF, ela denunciou o estrangeiro por suspeita de ato terrorista.
Segundo a PM, o suspeito não confirmou nem negou as acusações e ainda convidou um dos militares a ir ao Aeroporto JK nesta segunda "para averiguar".
O Aeroporto Internacional de Brasília informou que operou normalmente neste domingo.
A Polícia Federal afirmou que o estrangeiro e a mulher foram ouvidos na Superintendência, em Brasília-DF.
Um parente do suspeito, que possuía a documentação do estrangeiro, também foi levado ao órgão para prestar esclarecimentos.
O órgão diz que ainda busca informações sobre o suspeito junto a organizações internacionais de investigação.
O paquistanês chegou ao Brasil em 2014, durante a Copa do Mundo e casou-se e teve um filho com a mulher. Ainda de acordo com a PM, o casal tinha problemas com a guarda do filho, de 1 ano.
A mulher também informou à PM que ele era casado no país natal e que havia forjado um atestado de óbito da ex-mulher antes de vir para o Brasil e se casar com ela.
Segundo a PM, o homem possui documentação para trabalhar no país, mas não soube informar qual era a ocupação do suspeito.
Ele também já tinha passagens aéreas de volta ao Brasil compradas para setembro deste ano.
"Amanhã [segunda-feira] ele iria embora e disse à família que esta segunda 'seria o último dia de todos da família'"
Afirmou o segundo tenente Rafael Feltrini.
"Ele falou muito em árabe, mas de maneira muito perturbada. Poderia ser o último dia dele no Brasil ou da vida dele, como em um atentado. Nós não apostamos e preferimos proceder com a investigação"
Complementou Feltrini.
A Polícia Militar não dispensou as acusações e continuou com as investigações.
O suspeito segue na superintendência da Polícia Federal.
Questionado se o caso faria a polícia anteceder o policiamento para as Olimpíadas, a PM informou que não descarta nenhuma denúncia.
"Para a Polícia Militar, as Olimpíadas começaram há muito tempo. Estamos preocupados em garantir a segurança do DF e tratamos todas as denúncias e ocorrências com muita seriedade"
Afirmou o tenente-coronel Itamar Valverde.
Com Informações de: G1.
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