Casos de agressão verbal, como ameaças e insultos, são levados em conta.
Maior parte das vítimas é mulher e filhos são os principais responsáveis.
Dados da Central Judicial do Idoso apontam que quase um terço das denúncias (31,4%) que chegaram até o Tribunal de Justiça do Distrito Federal são de violência psicológica. Em segundo lugar, vêm os casos de violência financeira (30,3%). Os números se referem ao primeiro semestre deste ano.
De acordo com o tribunal, a violência psicológica consiste em agressões verbais ou gestos que afetam a autoestima, a autoimagem, a identidade ou aterrorizam o idoso.
Ameaças e insultos fazem parte desse critério.
A violência financeira é caracterizada pela exploração indevida da renda ou apropriação do patrimônio do idoso.
Obrigar a pessoa a contrair empréstimos é uma forma de violência financeira. As menores incidências relatadas referiram-se ao abandono, auto-negligência e violência institucional.
“A violência financeira tem aumentado nos últimos anos em virtude do acesso facilitado ao crédito por parte dos idosos”
Afirmou a juíza Monize Marques, uma das coordenadoras da Central Judicial do Idoso, em outra entrevista ao G1.
Ela diz que os valores dos benefícios por idade também aumentaram e que esse fator permitiu maior participação desse público na economia, mas também maior assédio dos "abusadores”.
“O idoso concede o seu crédito ao ofensor, que, infelizmente, é pessoa da família e detém a confiança da vítima.”
Segundo o TJ, as principais vítimas são mulheres (59,7%) e a faixa etária mais atingida foi de 76 a 80 anos (25,2%).
Filhos (42,5%) e outros familiares (11,8%) são os principais responsáveis.
Pessoas viúvas foram as mais afetadas (31,6%) e a faixa de renda mais comum é a que vai de um a dois salários mínimos (30,3%).
A região administrativa com maior número de casos de violência doméstica foi Ceilândia-DF, com 26 casos, seguida do Plano Piloto, com 14 incidências, e de Taguatinga-DF, com 11.
De janeiro a junho, a Central do Idoso realizou 50 sessões de mediação e 190 convocações que terminaram em depoimentos do idoso ou de um familiar para apurar casos de violência.
A Central Judicial do Idoso é um projeto do TJ, do Ministério Público do DF e da Defensoria Pública.
Ela funciona no 4º andar do bloco B do Fórum de Brasília-DF e atende os idosos das 12:00 horas às 18:00 horas.
O telefone de contato é (61) 3103-7609.
Dados do Disque 100
Os casos envolvendo pessoas com mais de 60 anos somaram 32.238 chamados em 2015, informou a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Em 39% das situações, houve relato de negligência.
Idosas são as mais vulneráveis, segundo a pasta.
Entidades como a Central Judicial do Idoso foram os órgãos mais alertados sobre as denúncias.
Com Informações de: G1.
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