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18 dezembro 2020

CONTAGEM-MG - Conte uma história de valor e inspire alguém neste Natal


                 Não é difícil encontrar alguém que admire ou se inspire no Corpo de Bombeiros. O dever de salvar vidas - característico da profissão - cria empatia e desperta um sentimento de afeição e fascínio pelo serviço prestado pelos militares. No entanto, alguns relatos de admiradores merecem destaque, como é o caso de Anderson Francisco da Silva Dias, colaborador do serviço de limpeza e conservação do 2º Batalhão de Bombeiros Militar, em Contagem-MG.

                 Profissional dedicado e dono de um coração generoso e altruísta, Anderson, de 32 anos, trabalha somente há 10 meses no 2º BBM, mas nesse pouco tempo já deixou sua marca na unidade. Um aspecto singular de seu comportamento é o bom-humor e a motivação que carrega dentro de si para tornar melhor o dia dos militares, com quem convive diariamente.

                 Todos os dias ele escreve frases de motivação nos banheiros e detalha o motivo de agir assim: 

“tenho muito orgulho de trabalhar lá. Todos me tratam muito bem, indiferentemente se sou faxineiro ou militar. E é na forma como sou tratado no batalhão que busco inspiração para fazer tudo para que tenham o maior conforto, e nos pequenos detalhes incentivar para que tenham um bom dia”
                 Explica Anderson
                 Sua conduta chamou a atenção dos militares e ele conta que a admiração nesse caso se tornou recíproca. 

“Depois de um tempo, os militares foram reparando que aquilo era diferente e que de alguma forma eles estavam se sentindo melhor. Lembro-me que, um dia, os militares se reuniram e chamaram toda a equipe da limpeza, parabenizando a todos os colaboradores pelos serviços prestados e pelas as frases que eu escrevia para eles todos os dias. No final da reunião, nos deram uma cesta básica. Isso foi muito gratificante”
                 Comentou emocionado. 

                 Segundo Anderson, depois desse ocorrido ele ficou pensando como poderia ir além e demonstrar sua gratidão, e foi aí que surgiu a ideia de fazer a maquete. Colocando a veia-artística em ação, ele produziu a primeira maquete que ilustrava uma casa pegando fogo e os militares fazendo o trabalho de contenção das chamas. O detalhe mais interessante da obra é o salvamento de uma criança no telhado e militares fazendo o socorro da vítima nos braços, enquanto na porta de entrada ocorria o rescaldo da área. 

                 Empolgado com o resultado da primeira peça, ele começou a planejar algo maior. No início, ele não tinha noção do que o esperava, e à medida que começou a produzir a maquete começaram também a surgir vários desafios, mas ele não desanimou e seguiu com sua missão, inspirado em seus amigos, os bombeiros militares. 

                 Com a ajuda da noiva, Anderson reuniu os materiais e iniciou os trabalhos. A primeira dificuldade era o espaço para trabalhar, já que sua casa era pequena e, em seus cálculos a maquete, feita basicamente de papelão e outros materiais reciclados, teria pelo menos 5 metros de cumprimento. Ele conta que a sala de sua casa ficou tomada pela peça durante quatro meses e alguns amigos e familiares que o visitavam sempre perguntavam que “loucura” era aquela. 
                 Mas ele não se importava com os comentários e achava até engraçado os questionamentos.

                 Foram meses correndo atrás de todo o tipo de material reciclável para dar sequência ao seu projeto. Como funcionário dedicado, ele acordava às 04:00 horas da manhã, trabalhava em sua arte até às 06:00 horas e seguia para o quartel para pegar serviço às 07:00 horas.

                 O processo de construção foi permeado de muitas histórias interessantes e vários desafios, incluindo os custos de sua produção que chegou há cerca de 600 reais na primeira fase e 500 reais na segunda, o que deixou sua noiva bem preocupada, já que o sonho do casamento poderia ser ameaçado. 

                 A segunda fase da maquete contou com a contribuição do Sargento Joel Souza da Silva, que ajudou a comprar as tintas e se tornou o padrinho da maquete, de acordo com o relato de Anderson


                 Depois do trabalho concluído, Anderson Dias levou a maquete para presentear o batalhão e a reação dos militares foi sua maior recompensa. Todos queriam tirar foto da maquete que representa a unidade com absurda riqueza de detalhes. A peça despertou na tropa mais respeito e admiração pelo profissional, criando um vínculo de amizade. 
                 Mais do que isso, em suas palavras, ele aproveitou a produção da maquete para conhecer melhor as dependências da unidade no desejo de aprimorar os serviços prestados ao seu local de trabalho. 

                 Atualmente, a maquete está exposta no 2º Batalhão em Contagem e ainda produz encanto tanto nos militares quanto nos visitantes que passam por lá. Um trabalho lindo de dedicação, generosidade e cumplicidade para com a corporação. 
                 Enfim, uma história de valor que merece ser contada. 

Sugestão

                 Em um ano em que o Natal será tão diferente, divulgar histórias que inspiram, histórias de valor e de altruísmo pode contribuir para aliviar as cargas humanas impostas por um ano tão difícil e espalhar a gentileza, a empatia e o respeito a todos os profissionais de todas as áreas.


                 Com Informações de:
CBMMG - CONTAGEM-MG.

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